quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Mota Soares: Segurança Social tem 2,5 milhões de pensionistas e cortes vão afetar 11 mil viúvos

Escreve o Dinheiro Vivo que "o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social avançou esta quarta-feira que há 11 mil pensionistas com pensões de sobrevivência acima dos 2 mil euros que vão ser abrangidos pelos cortes, que serão aplicados no segundo semestre. "A Segurança Social tem cerca de 2,5 milhões de pensionistas e os pensionistas com pensões de sobrevivência acima dos 2 mil euros são cerca de 11 mil", disse Pedro Mota Soares na Comissão da Segurança Social e Trabalho, onde está a ser ouvido a pedido do PCP. A questão da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) foi levantada na comissão pelo deputado socialista Nuno Sá, que questionou o ministro sobre o que está acontecer com a aplicação desta medida. "O que é que se passa com a Contribuição Extraordinária de Solidariedade", começou por questionar o deputado Nuno Sá, afirmando que "houve uma avaria, um lapso, um apagão informático e os computadores só se vão reiniciar" em maio, "ou seja depois das eleições". "Deve ser um vírus eleitoral", ironizou Nuno Sá. O deputado do PS lembrou que foi o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, que disse que "os computadores só se vão reiniciar no final de março". Nesse sentido, Nuno Sá questionou o ministro sobre se "os cortes vão ser só depois do reinício dos computadores ou as pessoas vão ter que devolver o montante que entretanto receberam até a CES ser aplicada". Respondendo a Nuno Sá, Pedro Mota Soares afirmou que "a única coisa que aconteceu foi uma coisa muito simples" e que "não tem nada a ver com qualquer quadro eleitoral". "Como do ponto de vista técnico, é sempre difícil aplicar novas aplicações informáticas, esta aplicação informática entra em vigor já em março", sublinhou. Relativamente aos retroativos de janeiro e fevereiro, o ministro explicou que "serão devolvidos ao Estado a partir do momento em que as pessoas receberem o subsídio de férias". Por isso, acrescentou, "faz sentido aplicar isto [CES] no segundo semestre para haver uma estabilidade de rendimentos destes pensionistas".