"Vítor Gaspar – Não me lembro de nenhum ministro português que reconhecesse ter feito uma política errada e, depois, saísse. Vítor Gaspar deixou atrás de si uma explicação lúcida e certa e um fantasma para o substituir. O mistério está na ideia em que ele ao princípio acreditou de que o Estado era reformável. No BCE e no Banco de Portugal não se aprendem essas coisas.
Pires de Lima – Aliviou o país do espectáculo penoso do sr. Álvaro Santos Pereira, o “Álvaro”, que pretendia transformar o Ministério da Economia num departamento de uma universidade canadiana. Não sei o que ele andou a fazer neste meio ano: mas trouxe uma certa dignidade aos portugueses.
Bernardino Soares – Primeiro um bom chefe parlamentar, que falava bem, sem pretensões, civilizadamente. Agora, presidente de uma das maiores câmaras de Portugal. Tudo isto muito cedo. O PCP parece que resolveu criar uma nova classe dirigente para substituir os velhos da clandestinidade e os servos de Cunhal. É uma boa surpresa.
Rui Moreira – Apesar do apoio de um CDS semidissidente e de algumas cumplicidades regionais, Rui Moreira conseguiu ganhar aos partidos e varrer por uma vez de cena o inaturável Menezes. Melhor ainda: negociou um bom entendimento (e uma boa partilha) com o PS para governar a cidade em paz. O patriotismo local (embora, calculo, indispensável) não lhe vai bem.
Joseph Ratzinger – O maior teólogo do catolicismo desde o século XVIII e um grande escritor acabou Papa, forçado a presidir a uma burocracia corrupta e a um clero contaminado. Não aguentou, como era natural que não aguentasse. A abdicação (quase única na história) não espantou os que o leram e seguiram.
Vladimir Putin – Em vez de a exilar ou matar, correu com a mulher na televisão. Salvou o santificado Barak Obama do sarilho da Síria e também lhe deu uma ajudinha para disfarçar o fracasso do Irão. Mais do que isso: restabeleceu (contra a Europa) uma espécie de hegemonia na Ucrânia; e soltou meia dúzia de protestatários. A Rússia volta lentamente ao seu estatuto de grande potência.
Marcelo Rebelo de Sousa – Continua a ser o melhor espectáculo político da televisão. Navega com habilidade e bom humor pelo meio da balbúrdia estabelecida. Às vezes, parece omnisciente, principalmente quando se trata de intrigas de palácio ou de rodriguinhos legais. Se for para Belém, ou se lhe meter na cabeça ir para Belém, perde a graça toda" (texto de Vasco Pulido Valente, Público, com a devida vénia)
Pires de Lima – Aliviou o país do espectáculo penoso do sr. Álvaro Santos Pereira, o “Álvaro”, que pretendia transformar o Ministério da Economia num departamento de uma universidade canadiana. Não sei o que ele andou a fazer neste meio ano: mas trouxe uma certa dignidade aos portugueses.
Bernardino Soares – Primeiro um bom chefe parlamentar, que falava bem, sem pretensões, civilizadamente. Agora, presidente de uma das maiores câmaras de Portugal. Tudo isto muito cedo. O PCP parece que resolveu criar uma nova classe dirigente para substituir os velhos da clandestinidade e os servos de Cunhal. É uma boa surpresa.
Rui Moreira – Apesar do apoio de um CDS semidissidente e de algumas cumplicidades regionais, Rui Moreira conseguiu ganhar aos partidos e varrer por uma vez de cena o inaturável Menezes. Melhor ainda: negociou um bom entendimento (e uma boa partilha) com o PS para governar a cidade em paz. O patriotismo local (embora, calculo, indispensável) não lhe vai bem.
Joseph Ratzinger – O maior teólogo do catolicismo desde o século XVIII e um grande escritor acabou Papa, forçado a presidir a uma burocracia corrupta e a um clero contaminado. Não aguentou, como era natural que não aguentasse. A abdicação (quase única na história) não espantou os que o leram e seguiram.
Vladimir Putin – Em vez de a exilar ou matar, correu com a mulher na televisão. Salvou o santificado Barak Obama do sarilho da Síria e também lhe deu uma ajudinha para disfarçar o fracasso do Irão. Mais do que isso: restabeleceu (contra a Europa) uma espécie de hegemonia na Ucrânia; e soltou meia dúzia de protestatários. A Rússia volta lentamente ao seu estatuto de grande potência.
Marcelo Rebelo de Sousa – Continua a ser o melhor espectáculo político da televisão. Navega com habilidade e bom humor pelo meio da balbúrdia estabelecida. Às vezes, parece omnisciente, principalmente quando se trata de intrigas de palácio ou de rodriguinhos legais. Se for para Belém, ou se lhe meter na cabeça ir para Belém, perde a graça toda" (texto de Vasco Pulido Valente, Público, com a devida vénia)