Segundo o site da RTP, num texto da jornalista Mara Gonçalves, "a dívida pública espanhola aumentou 14,2 por cento em 2011, ficando 8,5 pontos acima dos 60 por cento do PIB permitidos pela União Europeia. A dívida das comunidades autónomas subiu 17,3 por cento e bate máximos históricos, superando os 140 mil milhões de euros. Se o Governo de Rajoy não tivesse subido o limite de dívida, mais de metade das comunidades tinha-o ultrapassado. A dívida pública espanhola atingiu os 68,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, ficando assim 8,5 pontos acima do objetivo estabelecido pela União Europeia para 2013 (60 por cento). No total, a dívida cresceu 14,2 por cento, impulsionada pelas comunidades autónomas, cujas obrigações aumentaram 17,3 por cento face a 2010 e situam-se agora no valor mais alto alguma vez registado, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Banco de Espanha. A dívida das autonomias espanholas, que tem subido todos os anos desde 1995, chegou ao final do ano passado acima dos 140 mil milhões de euros, representando cerca de 13 por cento do PIB. À cabeça das comunidades autónomas endividadas em 2011 está a Catalunha, tanto em valores absolutos (mais de 41 mil milhões de euros), como em relação ao PIB espanhol (20,7 por cento). Na semana passada, o Executivo de Rajoy decidiu atenuar o limite de endividamento permitido às autonomias, subindo-o em três pontos, para os 13 por cento sobre o PIB. Se o teto da dívida não tivesse sido elevado, mais de metade das comunidades autónomas tinham-no ultrapassado em 2011. Assim, só quatro o fizeram: Catalunha, Comunidade Valenciana, Castela-Mancha e Ilhas Baleares. Já a dívida contraída pelo Governo central aumentou 14,6 por cento no ano passado, para mais de 559 mil milhões de euros, representando agora 52,1 por cento do total. A dívida das autarquias caiu ligeiramente (0,03 por cento), para os 35.420 milhões de euros, enquanto as obrigações das empresas públicas aumentaram 10,9 por cento.
Défice também será mais elevado
Os dados relativos à dívida pública surgem dias depois de ter ficado igualmente claro que o défice orçamental espanhol também ficará acima dos limites acordados anteriormente com a União Europeia. Mariano Rajoy foi notícia na semana passada ao pretender impor a Bruxelas uma revisão de metas, anunciando que o défice espanhol ficaria este ano nos 5,8 por cento do PIB, ao contrário dos 4,4 por cento com que se tinha comprometido com as autoridades europeias. Apesar da insubordinação espanhola, que Bruxelas considerou “grave”, Rajoy conseguiu alguma “flexibilidade” da UE, acordando um novo limite de 5,3 por cento do PIB. A Áustria já acusou Bruxelas de agir com “dois pesos e duas medidas”, uma vez que aliviou o limite de défice permitido a Espanha mas castigou a Hungria pelo mesmo motivo. Na quarta-feira a União Europeia suspendeu o envio de 495 milhões de euros em fundos estruturais para Budapeste devido ao elevado défice orçamental húngaro. Contudo, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários , Olli Rehn, desdramatizou o caso, afirmando que “diferentes prazos” significam que as comparações entre a Espanha e a Hungria não são válidas, uma vez que Budapeste já tinha anteriormente beneficiado de uma extensão de prazo”.
Défice também será mais elevado
Os dados relativos à dívida pública surgem dias depois de ter ficado igualmente claro que o défice orçamental espanhol também ficará acima dos limites acordados anteriormente com a União Europeia. Mariano Rajoy foi notícia na semana passada ao pretender impor a Bruxelas uma revisão de metas, anunciando que o défice espanhol ficaria este ano nos 5,8 por cento do PIB, ao contrário dos 4,4 por cento com que se tinha comprometido com as autoridades europeias. Apesar da insubordinação espanhola, que Bruxelas considerou “grave”, Rajoy conseguiu alguma “flexibilidade” da UE, acordando um novo limite de 5,3 por cento do PIB. A Áustria já acusou Bruxelas de agir com “dois pesos e duas medidas”, uma vez que aliviou o limite de défice permitido a Espanha mas castigou a Hungria pelo mesmo motivo. Na quarta-feira a União Europeia suspendeu o envio de 495 milhões de euros em fundos estruturais para Budapeste devido ao elevado défice orçamental húngaro. Contudo, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Monetários , Olli Rehn, desdramatizou o caso, afirmando que “diferentes prazos” significam que as comparações entre a Espanha e a Hungria não são válidas, uma vez que Budapeste já tinha anteriormente beneficiado de uma extensão de prazo”.
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