Segundo o Correio da Manhã, "os preços dos bens e serviços estão a aumentar fortemente, e a tendência será para um agravamento da inflação nos próximos meses. A aplicação das medidas acordadas com a troika não vai ajudar, e o nível de vida dos portugueses poderá mesmo cair 12% até 2014. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em Março, a inflação atingiu 4,1% em relação ao mesmo mês de 2010. A contribuir para o agravamento dos preços estiveram os transportes, a energia (água, gás, electricidade e combustíveis), a habitação e os alimentos. Assim, a cada mil euros que uma família tem disponível, a inflação retira imediatamente 41 euros ao orçamento. Para o economista Eugénio Rosa, nos próximos meses "teremos o disparar da inflação e a redução do rendimento das pessoas, o que irá diminuir o nível de vida" das famílias, sobretudo por via da aplicação do conjunto de medidas exigidas pela troika. No seu entender, a reestruturação do IVA – que tem causado polémica entre PS e PSD e que está prevista no acordo – "vai determinar o aumento dos preços" "Muitos produtos vão passar da taxa mínima para a intermédia e outros passarão da intermédia para a taxa máxima. A receita do IVA vai aumentar, e isso terá um grande impacto nos preços", admite. A par disto, adianta o economista, a aplicação de um imposto sobre o consumo de gás e electricidade, o corte nos benefícios fiscais aplicados aos juros pagos na compra de casa e a subida dos impostos sobre os imóveis farão também "disparar a inflação". Eugénio Rosa não tem dúvidas de que, no final do ano, "a inflação estará acima de 4%". "Em três anos, e com o congelamento dos salários, haverá uma quebra no nível de vida que se situará entre os 10 e os 12%."
FAMÍLIAS DEIXAM DE PAGAR A CASA
Nos primeiros meses de 2010, o Banco de Portugal contabilizou 8045 famílias que deixaram de pagar a prestação da casa, aumentando o número total de incumpridores no crédito à habitação para os 135 mil agregados. No consumo, o número é ainda mais alto, com cerca de 19 mil pessoas a deixarem de cumprir os encargos com o crédito pessoal, segundo dados do Banco de Portugal.
IMPOSTOS ALTOS SOBRE TRABALHO
Portugal tem uma carga fiscal sobre o trabalho acima da média dos trinta países da OCDE. No caso de um solteiro com dois filhos, 21,6% do que ganha no trabalho vai para impostos, quando a média na OCDE é de 15,8%, menos seis pontos percentuais. Isto inclui IRS mais Taxa Social Única (TSU), paga pelo empregador e trabalhador. Segundo o relatório da OCDE, a explicar essa "elevada" carga fiscal está a Taxa Social Única, que o PSD quer reduzir”.
FAMÍLIAS DEIXAM DE PAGAR A CASA
Nos primeiros meses de 2010, o Banco de Portugal contabilizou 8045 famílias que deixaram de pagar a prestação da casa, aumentando o número total de incumpridores no crédito à habitação para os 135 mil agregados. No consumo, o número é ainda mais alto, com cerca de 19 mil pessoas a deixarem de cumprir os encargos com o crédito pessoal, segundo dados do Banco de Portugal.
IMPOSTOS ALTOS SOBRE TRABALHO
Portugal tem uma carga fiscal sobre o trabalho acima da média dos trinta países da OCDE. No caso de um solteiro com dois filhos, 21,6% do que ganha no trabalho vai para impostos, quando a média na OCDE é de 15,8%, menos seis pontos percentuais. Isto inclui IRS mais Taxa Social Única (TSU), paga pelo empregador e trabalhador. Segundo o relatório da OCDE, a explicar essa "elevada" carga fiscal está a Taxa Social Única, que o PSD quer reduzir”.
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