quarta-feira, março 02, 2011

Moody’s está preocupada com saúde da banca portuguesa

Li no Económico, num texto da jornalista Mónica Silvares que “a Standard & Poor’s, por sua vez, adiou decisão sobre ‘rating’ para depois do Conselho Europeu de Março. A Moody's, que está em Lisboa até amanhã, para avaliar a economia portuguesa, está preocupada com a situação dos bancos portugueses e com as dificuldades de financiamento das empresas. Depois de ter colocado o ‘rating' de Portugal sob vigilância negativa para possível revisão em baixa, em dois níveis, a agência de notação financeira está atenta às opções do principal partido da oposição e à possibilidade de realização de eleições antecipadas. Dos encontros em Lisboa com responsáveis do Executivo, do IGCP, do Banco de Portugal, da banca e economistas, a Moody's decidirá se revê em baixa a actual notação de A1 para A3, mesmo no limiar dos B e já numa escala de "risco médio alto". A forte dependência dos bancos nacionais do Banco Central Europeu para obter financiamento está no centro das preocupações da Moody's, que ouviu também com apreensão os recados do ministro das Finanças e do governador do Banco de Portugal para os bancos reforçarem capitais, em vésperas de novos ‘stress tests' na Europa. Por outro lado, já há empresas que viram goradas as suas tentativas de colocação de dívida no mercado, como por exemplo a Refer, que não conseguiu obter um financiamento de 700 milhões de euros. Uma eventual revisão em baixa do ‘rating' implicará dificuldades de financiamento acrescidas já que o crédito vai ficar mais caro. A Moody's tem reconhecido a determinação das autoridades nacionais para reduzir o défice orçamental, mas a chave será a "redução dos custos de financiamento para limitar a recente deterioração nos custos da dívida e melhorar a sustentabilidade da dívida a longo prazo". Segundo a Moody's serão as condições do mercado que determinarão se Portugal terá ou não de recorrer à ajuda do Fundo de Estabilização Financeira e tal como o próprio ministro das Finanças admitiu ontem, os resultados das reuniões em Bruxelas este mês serão determinantes”.

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