Li no Jornal de Negócios, num texto da jornalista Maria João Gago que “o Presidente do BPI falou depois de Teixeira dos Santos e revelou que discordava praticamente de tudo o que o ministro das Finanças tinha dito. Fernando Ulrich mostrou-se hoje contra o apelo do ministro das Finanças, que esta manhã pediu o reforço de capitais da banca. Também presente na conferência da Reuters e da TSF, o CEO do BPI deixou claro que “discordo de praticamente tudo o que o Ministro das Finanças” disse. Para Fernando Ulrich, “pedir mais capital aos bancos é um erro histórico de que mais tarde nos vamos arrepender”. Esta afirmação de Ulrich surge depois do ministro das Finanças, na abertura da conferência onde estão presentes os principais banqueiros nacionais, ter dito que “é necessário reforçar os rácios de capital" da banca. Mas este não foi o único ponto em que Ulrich discordou do ministro das Finanças. “Dizer que é preciso testes de stress mais exigentes é outro erro”, pois “quando os testes de stress derem sangue o Estado vai ter que ir atrás dos depósitos. Se continuarem com esta pressão, vão conseguir penalizar os depósitos”, afirmou o presidente do BPI. Ulrich deixou ainda outro recado para o Governo. “Se quiserem que o sector bancário seja tão seguro como o sector eléctrico, se calhar também se justificavam no sector bancário medidas como preços garantidos. Com rentabilidade garantida para o accionista, nós levantaremos mais capital”, afirmou. Tal como tinha feito antes, também o presidente do BPI criticou a existência de seguros para os investidores se protegerem contra a falência de Estados ou empresas. Para Fernando Ulrich, os “credit default swaps” (CDS) “deviam ser proibidos”. Isto apesar de o presidente do BPI considerar que a “sensação com que fico é que acham que é uma irreverência” da minha parte, “mas acho que não sabem do que estão a falar”.
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