quarta-feira, novembro 24, 2010

Portugueses vão perder até metade do salário com a reforma

PORTUGUESES AINDA TÊM VANTAGENS EM INVESTIR NOS PPR PARA EVITAR PERDEREM METADE DO SALÁRIO COM A SUA REFORMA
Apesar da proposta de Orçamento de Estado prever o fim previsto do benefício fiscal na subscrição de Planos Poupança Reforma, estes produtos mantém vantagens na tributação das mais valias que lhes permitem um retorno superior em 20% ao de um depósito a prazo. É uma ajuda importante para os portugueses, que vão perder até cerca de metade do seu salário com a reforma. Os Planos de Poupança Reforma (PPR) continuam a ser o melhor produto ao dispor dos portugueses para complementar a sua pensão de reforma. Esta é a conclusão da terceira edição do estudo “Reformas & Pensões em Portugal”, da sociedade gestora de activos Optimize Investment Partners, que adianta que os portugueses vão perder cerca de 25% a 50% do seu salário com a passagem à reforma, caso não invistam em complementos de reforma para além da Segurança Social.
A proposta de Orçamento do Estado prevê que em 2011 os PPR possam perder o benefício fiscal na sua subscrição, mas mantém um enquadramento fiscal vantajoso ao nível da tributação das mais-valias, uma vez que a taxa aplicada é de apenas 8%, após 8 anos, ao invés dos 21,5% aplicados a produtos como depósitos a prazo, acções e fundos de investimento estrangeiros. Esta realidade permite que o PPR ofereça uma rentabilidade, por via do efeito fiscal, que chega a superar em 20% a de um depósito. Por exemplo, tendo em conta o investimento de 100 mil euros num Depósito ou num PPR, cujo rendimento anual bruto seja de 4%, o PPR obtém um retorno 21% superior ao do depósito ao fim de 30 anos. Esta vantagem mantém-se também no caso de o aforrador fazer entregas regulares de 2 mil euros, onde esse retorno adicional face ao depósito é de 16,8%.
Portugueses vão perder até metade do salário com a reforma
O estudo da gestora de activos Optimize Investment Partners, “Reformas & Pensões em Portugal 2010”, reforça as conclusões das edições anteriores. Os portugueses estão obrigados a poupar e a investir em produtos complementares de reforma caso não queiram perder qualidade de vida após deixarem a vida activa. O valor médio das pensões de reforma pago pela Segurança Social vai continuar a descer durante as próximas décadas, passado de perto de 73% do valor do último salário, em média, para apenas cerca de 53%. Por exemplo, para quem tem actualmente 55 anos e aufira de um salário ilíquido de 2.000€, após 40 anos de contribuições e quando se reformar aos 65 anos, receberá apenas 69% do último salário se tiver um aumento salarial anual médio de 1,5%. A percentagem do salário recebida desce a 63% para quem tem 45 anos, a 56% para quem tem 35 anos e a 53% para quem tem 25 anos. O estudo realça também que quanto mais elevado for o salário, menor será a taxa de substituição, ou seja, menor o valor da pensão pago pela Segurança social em função do último salário ilíquido. No entanto, a diferença é reduzida e levanta questões de equidade social. Tendo em conta uma pessoa com 35 anos em 2010 que beneficie de aumento anual médio de 1,5% e 40 anos de contribuições, com a reforma aos 65 anos vai receber 57,1% do seu último salário se este for de 500 euros ou 53% se este for de 7.500 euros. Esta perda de rendimento após a reforma resulta das novas regras de cálculo do valor das pensões, que passaram a ter em conta a evolução da esperança de vida (factor de sustentabilidade) e toda a carreira contributiva. Assim, o nível de salário, o seu crescimento (acima da inflação) durante a carreira contributiva e a idade e número de anos de contribuições abrangidos pelas novas regras (a partir de 2006), passaram a ser fundamentais para a quantificação da reforma dos portugueses. Diogo Santos Teixeira, presidente executivo da Optimize, afirma: “Com a quebra do valor da reforma assegurado pelo Estado ao longo dos próximos anos, os portugueses vão ter de colocar de lado uma parte crescente dos seus rendimentos para conseguirem manter o nível de vida no momento de deixar a vida activa. Os PPR continuam a ser o produto mais interessante, por terem uma vantagem fiscal na tributação das mais-valias, mas é necessário escolher os melhores do mercado”. Nos últimos 24 meses, os fundos geridos pela sociedade, Optimize Capital Reforma PPR Acções e Optimize capital Reforma PPR Equilibrado obtiveram, respectivamente, taxas de rentabilidade anualizadas de 9,7 % e 8,1%, com um risco de nível 3 (valores a 18 de Novembro de 2010 (1)).A questão da escolha do gestor é fundamental, já que a rentabilidade obtida nos fundos PPR é importante para aumentar ou reduzir o esforço financeiro de poupança para a reforma. Por exemplo, o cenário traçado um jovem de 25 anos revela que, para este garantir 80% do seu salário de 2.000 euros no momento da reforma, precisa de poupar 12,6% do salário se investir num PPR com um retorno de 1,5%, enquanto se o mesmo tiver uma rentabilidade de 5% apenas precisa de poupar 5,3%, ou seja, menos de metade. Esta realidade reforça outras das conclusões do estudo “Reformas e Pensões em Portugal 2010”, que defende que a poupança para a reforma tem de ser aplicada em produtos financeiros sem garantia de taxa, com destaque para os fundos PPR. Os portugueses necessitam de vencer a sua forte aversão ao risco e procurar as soluções que lhe permitam reforçar a rentabilidade potencial dos seus investimentos.
A aposta nos fundos PPR, que permitem uma maior exposição aos mercados accionistas, é recomendada tanto por razões históricas como conjunturais. Por um lado, a longo prazo, as acções são historicamente mais rentáveis que as obrigações e as oscilações dos mercados accionistas são invisíveis e tendem para uma recta de sentido crescente. Por outro, as obrigações com capital “garantido” também têm cotações que oscilam diariamente e existe o risco de as empresas ou os Estados falirem. Assim, segundo a Optimize Investment Partners, o investimento em acções continua a ser o mais apelativo, com destaque para empresas e sectores de futuro e que permitam participar no desenvolvimento económico mundial, beneficiando do desempenho de economias como a China, Índia, Rússia e Brasil, ou de sectores e temáticas como a Saúde e Farmácia, Agricultura e Alimentação, Energia e Matérias-Primas, Infra-estruturas, Alterações Climáticas e Economia “Verde”.
(1) - As rendibilidades divulgadas representam dados passados e não constituem uma garantia de rendibilidade futura. O valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 6 (risco máximo). Optimize Capital Reforma PPR Acções e Optimize Capital Reforma PPR Equilibrado são dois fundos de investimento mobiliários, cujos prospectos completos e simplificados se encontram disponíveis nas entidades comercializadoras. As taxas de rendibilidade mencionadas são anualizadas, líquidas de comissão de gestão e de depósito, de custos de auditoria e de taxa de supervisão. As medidas de rendibilidade anualizadas divulgadas, calculadas tendo por base um prazo superior a um ano, só seriam obtidas se o investimento fosse efectuado durante a totalidade do período de referência. (fonte:
Optimize). Leia aqui o estudo completo – Reformas e Pensões em Portugal – Edição 2010

Sem comentários: