Diz o jornalista do Correio da Manhã, Edgar Nascimento que “pelo menos 14 mil docentes contratados ficam sem possibilidade de concorrer a um lugar de quadro. Em Janeiro o Ministério da Educação (ME) e a maior estrutura sindical de professores (Fenprof) assinaram um acordo sobre a carreira docente e a avaliação de desempenho. Ontem, no Parlamento, a ministra Isabel Alçada ‘rasgou’ o acordo ao anunciar que a contenção orçamental impede a realização do concurso de professores. "A situação em que vivemos actualmente impede o Ministério de realizar o concurso extraordinário de docentes em 2011, mas serão colocados todos os docentes necessários nas escolas", garantiu aos deputados da Comissão de Educação. Desta forma, cerca de 14 mil docentes, contratados mas que estão a suprir necessidades permanentes, perdem a possibilidade de se candidatarem a um lugar de quadro. "Nos últimos três anos, reformaram-se e saíram das escolas mais de 15 mil professores e apenas entraram no quadro 396", acusa Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. Ou seja, dos cerca de 30 mil contratados, metade estará em condições de ocupar um lugar de quadro. Quem também fica impedido de concorrer são os milhares de professores que asseguram as Actividades de Enriquecimento Curricular e os professores titulares que não puderam concorrer em 2009. "O concurso não fazia parte do acordo, mas fazia parte da negociação de carreira. Não assinamos acordos às fatias, o Ministério violou-o, por isso acabou", resume o dirigente sindical. O anúncio do quebrar de promessa da parte da ministra aconteceu enquanto os sindicatos de professores recebiam convocatórias para reuniões, durante o dia de hoje, com Isabel Alçada, para apresentação das medidas do Orçamento no sector da Educação”
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