Segundo a SIC, "o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje aos jornalistas em Ponta Delgada, Açores, que não voltará a reunir com José Sócrates sem que estejam na sala outras pessoas que possam "testemunhar" a conversa."Foi com muita estupefação que ouvi a reação do primeiro ministro e nunca pensei ter que dizer o que vou dizer, que não haverá nenhuma outra ocasião no futuro em que o líder do PSD volte a conversar em privado com o primeiro ministro sem que existam outras pessoas que possam testemunhar a conversa", frisou o líder social democrata. Passos Coelho referia-se à reação de José Sócrates sobre a existência de condições prévias nas conversas que mantiveram para encontrar soluções para ultrapassar a atual crise. O presidente do PSD escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, alegando que "as pessoas já estão suficientemente assustadas e desorientadas com o que se tem vindo a desenvolver à volta da questão da crise económica e do OE", reafirmando apenas que "o PSD entende que um bom orçamento para o país deve ser conseguido sem penalizar mais as pessoas"."São as pessoas que estão a pagar mais impostos, não é justo que o Estado as queira penalizar com mais impostos porque não faz o que devia fazer, que era emagrecer as despesas do Estado", afirmou. Passos Coelho salientou que "é o governo que está a governar, é o governo que tem que dizer como é que quer cortar a despesa pública"."As propostas que fez ao PSD em maio foram aceites pelo PSD. Só o governo é que sabe quais as propostas que quer discutir", frisou, acrescentando que o seu partido "não apresentará nenhuma outra proposta sobre redução de despesas que não tenha em mente que é ao governo que compete dizer o que quer executar".Para Pedro Passos Coelho, "quando acaba a boa fé entre as partes e quando as propostas que cada um apresenta são armas de arremesso contra quem as propõe, transforma-se a discussão numa espécie de guerra entre PSD e governo, quando o que está em causa não é uma guerra, é saber como o país resolve o problema do défice". Num comentário à afirmação de José Sócrates de que o governo se demite se não for aprovado o OE, o líder do PSD limitou-se a afirmar que "preferia que, em Nova Iorque, o primeiro ministro não insistisse em matéria de crise política e demissões". "Parece evidente que há uma intenção de passar culpas ao PSD por uma situação a que o PSD é alheio. O PSD deu todas as condições para que o governo cumprisse os objetivos este ano e para o ano pudesse chegar ao défice de 4.6 por cento. Demos todas as condições e esperamos agora que governo cumpra aquilo a que se comprometeu", afirmou".
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