Segundo o Correio da Manhã, "é um imperativo democrático que as principais autoridades judiciárias prestem os esclarecimentos que têm a prestar. E que o façam imediatamente, de forma cabal.” A exigência é da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) e refere-se à polémica causada pela revelação dos despachos dos magistrados de Aveiro que revelam que estes tinham fortes indícios da existência de um plano do Governo para controlar a TVI, indícios esses que o procurador-geral da República não considerou suficientes para abrir um inquérito pelo crime de atentado contra o Estado de Direito. “O silêncio, ou os escassos esclarecimentos, a que se remeteram de novo as autoridades judiciárias que fizeram a avaliação final dos indícios não contribuiu, em nada, para a credibilidade da Justiça”, acrescenta em comunicado a ASJP, que se pronunciou pela primeira vez sobre este assunto, admitindo que os desenvolvimentos deste processo “foram recebidos pela opinião pública com indignação e incompreensão”. A ASJP, presidida por António Martins, vai por isso mais longe e diz que já se começa publicamente a questionar “a real autonomia do Ministério Público”. A terminar, a lança um apelo ao procurador-geral da República e ao Presidente do Supremo Tribunal de Justiça: “Assegurem aos portugueses que têm razões para confiar na autonomia do Ministério Público e na independência do poder judicial".
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