Escreve a correspondente do Expresso na Madeira, Sara Moura, que "o avião da SATA que hoje foi obrigado a abortar uma descolagem já tinha tido problemas técnicos para aterrar no Porto Santo, na véspera. A informação é avançada por fonte aeroportuária. O avião ATP da SATA que abortou a descolagem, esta manhã, no aeroporto do Porto Santo, devido a um incêndio no motor direito, terá tido problemas técnicos na véspera. Fonte aeroportuária contou ao Expresso que o mesmo aparelho teve uma "aterragem falhada ontem", e só numa segunda tentativa é que conseguiu aterrar, supostamente devido a problemas técnicos. Menos de 24 horas depois, hoje, às 8h40, o avião de 60 lugares preparava-se para descolar quando um incêndio deflagrou num dos motores, obrigando o piloto a abortar a manobra e os 14 passageiros a abandonarem rapidamente o aparelho, tendo um ficado ferido.A SATA disse estar a proceder a um inquérito para averiguar o incidente desta manhã, garantindo que a aterragem falhada de ontem nada teve a ver com o incidente do motor de hoje. "A ocorrência de ontem não tem absolutamente nada a ver com o motor, até porque este avião, tal como todos os outros, é sujeito a uma manutenção extremamente rigorosa", explicou ao Expresso Natlhalie de Bletiere, directora de Comunicação da SATA. Guilherme Silva, deputado à Assembleia da República pelo PSD, seguia a bordo do voo SP 1691, com destino à ilha da Madeira e garante que "a intensidade e extensão das chamas já eram preocupantes". "Estávamos na fase de descolagem quando há um passageiro que grita fogo e eu olho para o motor direito que libertava chamas de uma intensidade e extensão já preocupantes", conta Guilherme Silva, acrescentando que o comandante ao aperceber-se da situação iniciou uma manobra inversa, desligou os motores e imobilizou o avião na pista. O procedimento terá sido crucial no desfecho deste incidente. "A decisão [do comandante] terá deixado de alimentar o motor com combustível, contribuindo para redução das chamas", explica o deputado, garantindo que de outra forma o incêndio poderia ter-se propagado a toda a aeronave e carbonizado os seus ocupantes. Guilherme Silva garante que houve uma grande eficácia não só da parte da SATA mas também dos bombeiros e de todo o pessoal da ANAM. A ANAM - Aeroportos da Madeira garante que houve um "accionamento imediato dos procedimentos de segurança previstos" e que os 14 passageiros que se encontram a bordo estão bem, registando apenas um ferido ligeiro, que fracturou uma perna quando abandonava o aparelho".
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