quinta-feira, junho 04, 2009

Brigada do reumático socialista europeia contra Barroso

O Jornal "I", num texto intitulado "Declaração de Mário Soares é uma guerra entre socialistas" da autoria dos jornalistas Paulo Pinto Mascarenhas e Ana Sá Lopes sublinha hoje que "é uma guerra entre socialistas. Eles não se entendem a dois dias das eleições". A frase é soletrada ao i por fonte oficial da Comissão Europeia a propósito da declaração conjunta, dinamizada por Mário Soares, em que ex-governantes socialistas europeus defendem uma candidatura alternativa a Durão Barroso a partir das eleições de 7 de Junho. O documento anti-Barroso é assinado, entre outros, por Felipe González de Espanha, Gerard Schroeder da Alemanha, Franz Vranitky da Áustria - para além do grande dinamizador, Mário Soares. A fonte oficial da Comissão acrescenta ao i que "a declaração deve ser lida ou interpretada como uma crítica de antigos líderes socialistas a actuais líderes socialistas" que apoiam o presidente da Comissão Europeia. A saber: "Mário Soares critica José Sócrates, González critica Zapatero, Vranitzky critica o actual chanceler austríaco, Alfred Gusenbauer, e o ex-chanceler alemão Schroeder critica o seu sucessor na liderança do SPD, Franz Muntefering". Com o título "Um programa, uma maioria e um candidato para mudar a Europa", a declaração de Mário Soares apela ao reforço da "presença de socialistas e sociais-democratas nas instituições europeias, não só no Parlamento Europeu, mas também na Comissão e no Conselho". Mais: "o Partido Popular Europeu apoiou o seu candidato oficial para a Presidência da Comissão Europeia" Durão Barroso e "é com expectativa que os socialistas e os social-democratas e muitos outros progressistas, esperam um candidato proveniente do Partido Socialista Europeu". Responde a fonte oficial da Comissão Europeia, presidida por José Manuel Durão Barroso: "É importante perceber-se que nenhum dos assinantes deste manifesto é membro do Conselho Europeu nem eurodeputado". Trata-se, ainda segundo a mesma fonte oficial, de "um conflito geracional entre socialistas, entre os antigos e os novos socialistas. Durão Barroso é apoiado pelos socialistas modernos". A verdade é que, se Mário Soares não desiste, o PS tem poucas esperanças que a sua família política, o Partido Socialista Europeu, ganhe as eleições. O conformismo de que será o adversário a ter a maioria no Parlamento Europeu instalou-se e só é colmatado pela expectativa de que as europeias possam servir para dar luz verde ao partido do governo. Um cenário em dúvida, com as últimas sondagens a apontarem para uma curta margem de vitória do PS. Exceptuando Mário Soares e Ana Gomes, a maior parte dos socialistas portugueses estão conformados com a continuação de Durão Barroso na presidência da Comissão."De um ponto de vista emotivo, nenhum socialista se recusaria a subscrever aquele documento. Mas o realismo político leva-nos a considerar que a situação mais provável seja a de ter que escolher entre um candidato de direita português ou um candidato de direita de outro país qualquer. E é o Conselho Europeu que detém o monopólio de propor o presidente da Comissão", resume o eurodeputado socialista Capoulas Santos, novamente candidato a estas eleições". Leia o texto todo, aqui.
***

Sem comentários: