segunda-feira, maio 25, 2009

Deixá-los arrotar

Na Madeira há uma raça de indivíduos, que vivem basicamente na estrumeira que eles próprios fabricam. Alguns até conseguem arranjar empregos, sem que estejam habilitados - por isso um tacho - depois de terem sido "encarregados", durante anos, usurpando instalações que nem lhes pertenciam, mas onde até já "davam ordens". O curioso (ou aberrante, melhor dizendo) de tudo isto é que esses exemplares até arranjam..."empregos". Passaram os anos na intriga ou supostamente no mamanço ou no "lobbing" enchendo-se à custa disso. Na realidade não fazem nada, não ajudam ninguém, enchem os bolsos, andam com a pança de fora, julgam-se importantes, mas como nesta terra tudo é possível, ei-los mal cheirosos, deambulando como se fossem exemplares de seriedade e de cidadania. Enjoam, enojam. Aliás, bastaria comparar rendimentos com património para se perceber que nem sempre, particularmente nalguns casos - quem sabe se de polícia e de prisão - e que a cidade conhece, o 2 + 2 = 5! Geralmente são mais burros que um bloco de cimento. Obviamente que não andam na oposição porque tentaram saber antes, muito antes, a quem e onde se deviam encostar. Conspurcam o próprio caminho que pisam. Telefonam muito, mas como são umas bestas quadradas, incapazes de ler - muito menos de entender o que é escrito - desatam a vomitar asneiradas e congeminações. Sempre o fizeram. Por isso, são padrinhos, compadres, sócios, uns mais às claras, outros pela calada, são tutores, "encarregados", "zeladores", "representantes", "receptores", enfim, um estatuto deprimente para quem nunca foi nada na vida. Insinuam-se, resolvem tudo, "conhecem" todos, metem cunhas a favor de tudo e de todos. Mas cobram-se bem. Não resolvem coisa nenhuma, não falam a favor de ninguém, nem dos alegados seus "amigos" que lhes pagam esses "favores" mas que não sabem que nada fizeram por eles e que serão os primeiros a atirar esses "amigos" para o fundo do poço. Mas é dessa estrumeira que a sociedade também é feita, não é? Deixá-los arrotar. A mim não me incomodam. Mas conheço-os à distância.

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