Cedências a quem?

Mantenho o que ontem disse: Manuela Ferreira Leite, segundo fontes, em Lisboa, e às quais dou toda a credibilidade porque nunca me decepcionaram, não apostou em Marques Mendes por temer que ele tivesse nas europeias um bom resultado, melhor do que aquele que ela porventura (?) venha a alcançar nas legislativas. Estamos a falar de um ex-líder, ainda por cima conotado com o “cavaquismo” que tanto “ilumina” a actual regência laranja nacional, inclusivamente nem sei se foi mesmo colega de Ferreira Leite no governo. Não quero com isto desvalorizar Paulo Rangel, que considero um bom orador, pessoa séria, com uma postura política exemplar, incapaz de se envolver em episódios ofensivos, e que tem vindo a subir gradualmente e qualitativamente, já que se trata de uma pessoa ainda pouco conhecida, porventura uma fabricação, mais uma, resultante do mediatismo conseguido na televisão enquanto comentador (bom comentador, diga-se) com pouca experiência parlamentar e que depois da eleição de Ferreira leite foi quase que “empurrado” para a liderança dos social-democratas. Acho que é preciso saber, porque política é seriedade, se vai ou não vai assumir o mandato, porque é tempo de acabarmos com palhaçadas destas. Aliás, no caso do PS, acho piada ao poder de multiplicação de algumas pessoas, caso de Elisa Ferreira que é candidata europeia, para depois ser candidata socialista à Câmara do Porto. Até parece que o importante é o tacho, num lado ou noutro. Se perder a Câmara como prevejo vá acontecer para Rui Rio, faz as malas e embarca para Bruxelas onde até dela se pode nunca mais ouvir falar durante 5 anos. Se por mero acidente ganhar a Câmara do Porto, porventura contrariada, lá trem ela que renunciar ao tacho europeu para se meter em problemas quotidianos que a gestão de uma cidade como o Porto implica.