Segundo a Lusa, o deputado do CDS-PP-Madeira Lino Abreu, também presidente da Associação de Comércio e Serviços da região, afirmou hoje que "a entrada maciça de empresários chineses está a “descaracterizar” o comércio tradicional e a promover “concorrência desleal em matéria de impostos”. “O que pedimos é que haja maior fiscalização em termos de IVA para combater a desigualdade em termos de impostos junto do comércio local”, sustentou Lino Abreu em conferência de imprensa no Funchal. O parlamentar popular madeirense acrescentou: “Não existem números, mas todos sabemos que há fuga aos impostos neste sector do comércio de chineses, em especial em termos de IVA, que vem prejudicar os que praticam a taxa legal, o que pode ter consequências em termos de preço e concorrência”. O CDS-PP-M, face ao agravamento da crise no sector do comércio local, propôs que o Governo Regional viabilize uma linha de crédito para que os empresários possam renegociar as respectivas dívidas junto da banca, sem aumentar o seu passivo”. Eu gostaria de colocar duas questões apenas: quando Alberto João Jardim alertava há dois anos para a possibilidade deste fenómeno, falando em Santana, foi do bom e do bonito. Xenófobo, foi então adjectivado. Quem sabe se alguns deles, porventura, não andarão agora… “apertadinhos”?! A segunda questão é mais dirigida à ACS: o que é que a região pode fazer, como, ao abrigo de que legislação, para impedir que os chineses de instalem no Porto Santo, alugando espaços que estão devidamente licenciados para a actividade comercial? Que culpa temos de haver um espaço comercial que por não pagar rendas há mais de um ano, foi obrigado a sair do estabelecimento que ocupava aparecendo imediatamente chineses interessados no arrendamento e a pagar um aluguer que o proprietário penso que estaria a gozar com ele? O que é estranho – e ninguém parece ter abordado a questão por esse lado – é saber o que move os chineses, que explicações existem, para que os chineses se interessem por uma pequena ilha, com um mercado tão reduzido e onde a sazonalidade continuará a ser uma realidade turística por muitos mais anos, façam o discursos que fizerem, ou as declarações de intenções que bem entenderem. Isso é que me intriga.
Sem comentários:
Enviar um comentário