sábado, março 21, 2009

JCG continua a ver só o que lhe interessa?

O líder do PS local tem a liberdade de pesar o que bem entender e de dizer o que quiser. Compete a quem politicamente o combate, e eu faço parte de um partido que não é o dele, denunciar e/ou criticar contradições, meias-verdades, manipulações, falta de verdade, etc, sempre e quando for o caso. Neste caso concreto, é estranho que João Carlos Gouveia continue a se perder com minudências, em vez de mobilizar o PS como deve ser. Embora tenha criticado, mais uma vez, as declarações de Jardim (em inaugurações) contra o governo central - fica-se na dúvida se quer que o Presidente do Governo ande de chapéu na mão sempre que fale do pouco tempo que resta ao governo socialista ainda no poder - é absolutamente hipócrita que omita as criticas, directas ou indirectas que Sócrates faz à oposição em actos de lançamento de primeiras-pedras ou mesmo nas poucas (raras) inaugurações que faz. Ou tem JCG memória curta? Pior do que isso é que o líder do PS local não comenta isto, não o ouvi falar disto:
- A Estradas de Portugal (EP) está a pedir às concessionárias de auto-estradas que paguem meio milhão de euros por cada um dos eventos de assinatura de contratos de adjudicação das novas concessões rodoviárias, avança o «Jornal de Negócios». As concessionárias limitam-se a pagar a conta, não tendo palavra na escolha dos fornecedores ou sequer dos serviços prestados. O dinheiro é entregue directamente aos fornecedores, que recebem um valor que as concessionárias consideram elevado face à dimensão do serviço. As cerimónias de adjudicação, que se realizaram até agora, contaram sempre com as presenças do primeiro-ministro, José Sócrates e do primeiro-ministro das Obras Públicas, Mário Lino (aqui);
- O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações negou em Leiria, que as despesas das cerimónias de apresentação dos contratos de concessão rodoviária sejam pagas por dinheiros públicos. "A Estradas de Portugal não tem custos nessa matéria, nem o Governo. Isso é uma obrigação da concessionária imposta pelo contrato de concessão", afirmou Mário Lino na assinatura da concessão Litoral Oeste, que prevê um investimento inicial de 348 milhões de euros na construção e beneficiação de estradas nos distritos de Leiria e Santarém. O ministro disse que "o contrato de concessão obriga os concessionários a fazer variadíssimas coisas" entre as quais se encontra "dar pública divulgação às populações, aos autarcas, daquilo que é relevante, do que se vai construir, do que se vai fazer, das datas em que começam as obras". Mário Lino lembrou que "em qualquer Governo sempre se deu pública notícia da assinatura dos contratos com esta importância". Confrontado com o custo de uma cerimónia como a que ocorreu em Leiria, o governante explicou: "o que me dizem é que a sessão onde se assina o contrato depende do sítio onde se faz, das condições, mas que andaria sempre abaixo dos 50 mil euros ou coisa assim. (aqui);
- O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, afirmou no parlamento que cada inauguração de auto-estrada custa 50 mil euros e não 500 mil euros, garantindo que o custo é suportado pelas empresas concessionárias e que “a Estradas de Portugal não paga nenhum cêntimo nessa matéria”. Mário Lino e o primeiro-ministro, José Sócrates, foram confrontados com a informação avançada pelo Negócios de que as cerimónias de inauguração de auto-estradas estão a ser realizadas com um custo em torno de 500 mil euros por evento, sempre com um formato idêntico definido pelo Governo. Paulo Rangel, deputado do PSD, perguntou ao ministro das Obras Públicas se desmentia que as cerimónias são preparadas no seu Ministério pelo consultor Humberto Bernardo. Mário Lino e José Sócrates não responderam a esta questão. Afirmando que a estratégia de cerimónias do Governo “mostra a falta total de respeito pelos dinheiros públicos”, Paulo Rangel disse que “a austeridade não pode ser só para alguns, também tem de ser para o Governo”. “O senhor primeiro-ministro sorri, mas quem paga são os portugueses”, acusou o responsável parlamentar do PSD (aqui).

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