terça-feira, outubro 21, 2008

Transportes 2007: indicadores sobre a Madeira (portos)



Em 2007 foram movimentadas nos portos portugueses cerca de 68,2 milhões de toneladas de mercadorias (+2% face a 2006), distribuídas por 63,9 milhões no Continente (+2,1%), 1,6 milhões na Região Autónoma da Madeira (-4,2%) e 2,7 milhões na Região Autónoma dos Açores (+4%).
O tráfego internacional de mercadorias nos portos nacionais representou 78,3% do total do tráfego (cerca de 53,4 milhões de toneladas), sendo predominante nos portos do Continente (82,7% em tráfego internacional). Sines foi o porto com maior movimento de mercadorias em tráfego internacional (40,5% do total do tráfego internacional), seguido por Leixões (20,6%) e Lisboa (19%).
Em relação ao modo de acondicionamento das mercadorias carregadas nos principais portos nacionais, releva-se o porto de Sines que apresentou uma enorme preponderância nos “Granéis líquidos”, responsáveis por 84% do total de toneladas carregadas no porto. Lisboa e Leixões apresentam maior contribuição no tipo de carga “Contentores” (69,8% e 45,5% do total de mercadorias carregadas, respectivamente), sendo que o mesmo se passa para o Caniçal, na Região Autónoma da Madeira, e em Ponta Delgada, na Região Autónoma dos Açores, onde os “Contentores” assumem 92,5% e 65,4% do total das mercadorias carregadas, respectivamente. Em Setúbal, os “Granéis sólidos” representam 70,8% do movimento do porto e em Aveiro predomina a “Carga geral” com 44,3%. Quanto às mercadorias descarregadas, os modos de acondicionamento mais importantes foram, no porto de Sines e Leixões, os “Granéis líquidos” (71,0% e 61,9%, respectivamente). Ambos os portos estão localizados na proximidade de refinarias e são as únicas vias de entrada em Portugal de “Petróleo bruto”, por via marítima. No caso de Lisboa e Setúbal, destacam-se os “Granéis sólidos” (60,8%, e 40,3% do total de mercadorias descarregadas) e em Aveiro a “Carga geral” com 41,7%. Para os portos do Caniçal e de Ponta Delgada, tal como aconteceu nas mercadorias carregadas, o tipo de carga mais importante, em 2007, foi “Contentores” com 54,8% e 31,1% do total.
Os portos de Sines e Leixões apresentam, como principal grupo de mercadorias carregadas, os “Produtos petrolíferos” com 80,5% e 27,8% do total de mercadorias carregadas em cada porto, tendo sido o “Petróleo bruto” a principal mercadoria descarregada correspondendo a 47% e 33,6% do total de mercadorias descarregadas em cada porto, respectivamente. Nos portos de Lisboa, Caniçal e Ponta Delgada, o grupo de mercadorias “Produtos agrícolas, alimentares e forragens; animais vivos; adubos; madeira e cortiça” manteve-se predominante, tanto na carga como na descarga. O porto de Setúbal registou os “Cimentos, cal e materiais de construção manufacturados” como o principal grupo de mercadorias carregadas com 67%, do total de cargas do porto; este valor estará directamente relacionado com a presença próxima de uma unidade de moagem de cimento. Nas mercadorias descarregadas, os “Produtos petrolíferos” salientaram-se como o grupo de mercadorias com maior peso relativo (30,3%). Também no porto de Aveiro, “Cimentos, cal e materiais de construção manufacturados” (31,6% do total de cargas do porto) foi o principal grupo de mercadorias carregado, mantendo-se, tal como em 2006, os “Combustíveis minerais sólidos” como o grupo de mercadorias mais descarregado (69,4% do total de mercadorias descarregadas).
Dos 7,7 milhões de toneladas de mercadorias perigosas carregadas nos portos nacionais durante o ano de 2007 (-2,7% do que em 2006), as “Matérias líquidas inflamáveis” com 85,3% do total, foi a classe da IMDG1 com maior destaque, deixando a grande distância as classes: “Gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob pressão” (7,2%) e “Matérias tóxicas” (4,1%). No que respeita às mercadorias perigosas descarregadas, os portos nacionais registaram um movimento de cerca de 29,1 milhões de toneladas (-3,8% do que em 2006), evidenciando-se, à semelhança das mercadorias perigosas carregadas, a classe “Matérias líquidas inflamáveis” com 68,4% do total, seguindo-se as classes “Matérias perigosas quando transportadas a granel” (17,3%) e “Gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob pressão” (9,4%). (fonte: INE - Transportes em 2007)