quarta-feira, julho 16, 2008

Madeira: voto de congratulação do PSD sobre Jaime Gama

É o seguinte o voto de congratulação que o PSD entregou hoje na Mesa da Assembleia Legislativa da Madeira e que será discutido na reunião plenária de 22 de Julho - recordo que as alterações ao regimento do parlamento insular, entradas hoje em vigor, impuseram novas regras relativamente ao processo de apresentação de votos:
"Considerando a forma sistematicamente ofensiva, partidarizada e resultante de uma visão redutora que o Partido Socialista da Madeira tem da política e da liberdade de pensamento dos cidadãos, mesmo os que militam nas hostes socialistas;
Considerando que essa sistemática e intolerável atitude de falta de respeito, associada a uma linguagem imprópria para com a segunda figura do Estado, e ainda por cima um português insular;
Considerando que tal comportamento indigno por parte do PS da Madeira tem a ver, não com divergências políticas de fundo, mas com o facto de não aceitar que o Presidente da Assembleia da República, o socialista Jaime Gama, se tivesse referido ao Presidente do Governo Regional da Madeira nos termos em que o fez, destacando o seu contributo para a transformação e o desenvolvimento da Madeira;
Considerando que a confusão instalada no PS da Madeira, que nem sequer tem hoje a dignidade de ser o maior partido da oposição, não só pela estrondosa derrota sofrida em Maio de 2007, que continua a não aceitar, mas pelo descalabro de Junho de 2008, em Gaula, pretexto para sistemáticos insultos aos eleitores da freguesia que antes votaram no PS mas que nas eleições intercalares, em liberdade, lhes viraram costas;
Considerando a coragem política e ética, demonstrada pelo Presidente da Assembleia da República ao reafirmar recentemente que “eu tenho o meu julgamento sobre a realidade, e aquilo que digo é em função do que penso e não em função do que oiço e não em função do que acho adequado que seja dito para obter um efeito”;
Considerando que o Presidente da Assembleia da República - esquecendo inclusivamente naturais e conhecidas divergências políticas com o Presidente do Governo Regional da Madeira, as quais devem ser contextualizadas, não podendo por isso condicionar para sempre o relacionamento pessoal entre cidadãos que pensam de forma diferente e têm opções políticas divergentes, manipular o comportamento dos políticos com responsabilidades ou impedir a sua liberdade de pensamento e a afirmação das suas opiniões - reafirmou que “tudo o que disse sobre Alberto João Jardim e a Madeira, mantenho sem lhe alterar uma vírgula”;
Considerando que, perante a conhecida mediocridade que se apoderou do suposto maior partido da oposição regional, é de prever que para disfarçar as suas derrotas e incompetência, venha a desencadear, junto do Largo do Rato, campanhas de pressão apostadas em desacreditar o actual Presidente da Assembleia da República;
Considerando que o secretário-geral do desacreditado Partido Socialista da Madeira chamou de “burro” ao dr. Jaime Gama, espezinhando regras de boa educação e princípios éticos que, sobretudo entre pessoas do mesmo partido, devem marcar o debate político,
A Assembleia Legislativa da Madeira manifesta a sua solidariedade institucional e política ao Presidente da Assembleia da República e ao dr. Jaime Gama em particular, condenando os repetidos e vis ataques contra ele desferidos, por mera mediocridade política por parte do PS local, e generalizados a uma oposição de esquerda subserviente e que aspira pela formalização da tal “santa aliança”, e a uma direita colaboracionista que não hesita em colocar-se ao lado da contestação do dr. Jaime Gama, pelo simples facto deste ter realçado aquilo que é uma constatação histórica e indesmentível: o papel decisivo que o dr. Alberto João Jardim teve na mudança da Madeira e na liderança do processo autonómico ao longo destes mais de 30 anos, sobretudo enquanto “combatente em democracia”.

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