O PS da Madeira ainda não decidiu o que vai fazer, mas garantiram-me hoje que João Carlos Gouveia admite a possibilidade de abordar o assunto numa das próximas reuniões dos órgãos dirigentes partidários. Refiro-me à apresentação de uma nova candidatura do PS à Vice-Presdiência da Assembleia Legislativa. O impasse tem sobretudo a ver com o facto da liderança do grupo parlamentar (Vítor Freitas) pretender insistir na candidatura de Bernardo Martins, em contraste com outra corrente socialista não parlamentar que defende a necessidade do PS ter um vice-presidente no principal órgão de governo próprio e que advoga a candidatura de André Escórcio caso essa alternativa tenha sucesso, o que parece corresponder à realidade. Embora não seja obrigado, nem esteja pressionado por prazos, caberá sempre ao PS, e apenas a ele, a decisão nesta matéria, pelo que caso os socialistas entendam não apresentar qualquer candidatura o lugar nunca será ocupado. Isto porque a bancada social-democrata dificilmente votará no deputado de Machico. Diz-me uma fonte socialista que o grupo parlamentar do PS está numa "posição difícil", na medida em que se apresentar outro candidato que não Bernardo, e se esse candidato for eleito, o deputado de Machico ficaria com uma posição bastante fragilizada entre os seus pares, além de que se trata do Presidente de uma Comissão Especializada, cargo que teria que abdicar em virtude de não ser prática corrente um Vice-Presidente da Assembleia liderar uma Comissão. A solução, de acordo com a mesma minha fonte socialista não parlamentar, seria o próprio Bernardo Martins "optar pela Comissão Especializada e prescindir da Vice-Presidência", o que abriria caminho à candidatura de Escórcio.
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