sábado, novembro 15, 2025

O imperador que enlouqueceu com o poder: a história sombria de Calígula

Imagine um império dominando o mundo conhecido. Um povo orgulhoso, exércitos invencíveis, monumentos colossais… e no topo, um imperador jovem, carismático e adorado. Tudo parecia promissor. Até que o poder revelou sua face mais sombria. Seu nome era Caio Júlio César Augusto Germânico, mas ficou marcado para sempre como Calígula, o imperador que transformou Roma em um palco de horrores, extravagância e loucura. Filho do respeitado general Germânico, Calígula foi criado entre as legiões romanas, recebendo desde cedo o apelido “Calígula” — uma referência às botinhas militares que usava ainda criança. Quando subiu ao trono, em 37 d.C., após a morte de Tibério, o povo romano o recebeu com entusiasmo. Afinal, ele era herdeiro de uma linhagem gloriosa, neto adotivo de Augusto e filho do amado Germânico.

Mas a esperança virou pesadelo

Poucos meses após assumir o trono, Calígula sofreu uma grave doença. E muitos historiadores acreditam que ele nunca mais foi o mesmo. A partir daí, seu comportamento se tornou errático, violento e megalomaníaco. Ele acreditava ser um deus em carne e osso. Mandou construir templos em sua homenagem, exigia que senadores o adorassem ajoelhados… e dizia que podia tirar ou dar a vida com o simples estalar de dedos. Calígula ordenou execuções por capricho, zombou das instituições de Roma e mergulhou o império em dívidas por causa de festas monumentais, jogos e obras públicas de gosto duvidoso.

Mas o mais simbólico de sua loucura foi seu cavalo: Incitatus

Dizem que Calígula construiu uma casa de mármore para ele, com estábulos de marfim e joias. E mais: planejava nomear o animal como cônsul de Roma — talvez como forma de humilhar o Senado, ou talvez porque, em sua mente doentia, fazia sentido. O povo, que antes o aplaudia, passou a temê-lo. O Senado se calava diante de sua tirania. Mas os soldados da guarda pretoriana, cansados dos abusos, agiram.

Em 41 d.C., Calígula foi brutalmente assassinado dentro do palácio imperial. Tinha apenas 28 anos. Seu reinado durou menos de quatro anos, mas ficou marcado como um dos mais sombrios da história de Roma. Calígula não foi apenas um tirano. Foi um exemplo extremo de como o poder absoluto, sem limites, pode corromper até as mentes mais brilhantes. E nos obriga a perguntar: o que acontece quando se entrega um império inteiro a alguém que já não enxerga diferença entre fantasia e realidade? (fonte: Facebook, Crônicas Históricas)

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