Surf, downhill, canyoning ou asa-delta. Seja pelo ar, mar ou por terra, a prática de desportos radicais tem crescido nos últimos anos e levado aventureiros dos quatro cantos do mundo ao arquipélago. Aventurar-se, seja em desportos de terra ou de mar, é cada vez mais um dos motivos que enche a Madeira de turistas. Mas ao contrário do que se possa pensar, a ilha não vive só de trekking e de mergulho. E se o arquipélago já era muito procurado por ingleses, alemães ou franceses, agora a ilha tem vindo a fazer parte dos planos de férias de lituanos, finlandeses, suecos ou noruegueses, que procuram adrenalina no meio da natureza. O desporto de aventura está mesmo na moda na ilha: há para os amantes de mar ou para quem quer perder-se dentro das montanhas. E fora também: o downhill tem crescido nos últimos anos e não é preciso levar a bicicleta atrás, os locais tratam de tudo. Se nenhuma destas opções servir, atire-se de uma das serras. Falamos a sério: é para isso que existem asa-delta e parapente.
Canyoning
A geografia da Madeira, com lagoas virgens encaixadas por toda a ilha, muitas delas no meio das montanhas, é ideal para fazer canyoning: parecido com rapel, mas em cascatas, os praticantes descem quedas de água ou os leitos das ribeiras, presos a uma corda. Já lá em baixo, encontram as tais lagoas intactas, caminhos sinuosos e escorregadios, têm de nadar, caminhar e saltar à medida que os obstáculos naturais aparecem. E não são poucos. Pouca também não é a beleza natural que só pode ser vista por quem se atira à aventura. Exige coragem e alguma robustez física, mas ultrapassada essa fase, a compensação é a dobrar. Como tem água o ano inteiro, a Ribeira da Lapa, no Campanário, é um dos locais mais procurados para a prática.
Surf
Mas o desporto de aventura na ilha também segue outros caminhos. O surf, por exemplo. São muitos os madeirenses que se dedicam a cortar as ondas do norte da ilha, mas não só. Para muitos surfistas internacionais, a ilha é conhecida como o “Havai da Europa” e já há várias escolas para receber os turistas que querem praticar. A Madeira Surf Camp , no Porto da Cruz, é um dos exemplos. S. Vicente, também no norte, ou Jardim do Mar e Paúl do Mar, no sul, são outros dos locais muito procurados. Aqui, pode ver os melhores sítios para apanhar ondas.
Downhill
Sim, os desportos de aventura são cada vez mais uma aposta para agarrar novos visitantes e, a julgar pelo desenvolvimento das empresas ligadas ao setor, a promessa de crescimento está a cumprir-se. É o que também acontece com o downhill: descer os trilhos e as veredas (caminhos estreitos) das montanhas em cima de uma bicicleta e a toda a velocidade. Como o terreno é íngreme e instável, o downhill pede alguma destreza e manobras rápidas sobre as rochas: sim, há muitos saltos e quedas, mas a promessa é mesmo de muita adrenalina.
Asa-delta
Ou parapente para os menos destemidos (um pouco menos, vá). Com montanhas, montes e rochas a compor toda a ilha e o Atlântico a perder de vista, a ilha convida a um mergulho… no ar. Ver a vista de cima mistura a emoção do voo livre com o espectáculo natural. A aprendizagem é relativamente rápida e os sítios mais concorridos para descolar ficam no Pico da Cruz, no Miradouro da Madalena, no Porto da Cruz e nos Prazeres (Observador, texto da jornalista Maria Catarina Nunes, com a devida vénia)
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