sexta-feira, setembro 11, 2015

Contra a memória curta em tempo de eleições: declaração de Passos Coelho no dia (6 de Abril de 2011) em que Portugal pediu apoio externo

"Tomei conhecimento através dos meios de comunicação social da decisão do Governo solicitar ajuda externa. Há muito que venho defendendo que o caminho trilhado em Portugal nos acabaria por conduzir à necessidade de fazer este pedido de ajuda externa.
O pedido de ajuda tardio que o Governo hoje anunciou destina-se a dar garantias de que o financiamento à economia portuguesa e até mesmo aos bancos e ao Estado se possa vir a processar em condições de maior segurança.
É importante que os portugueses sintam que esta decisão só pode ser tomada como uma medida de apoio à segurança nacional e para preservação da reputação externa de Portugal.
Este pedido de ajuda faz-se para que os portugueses vivam com menos incerteza e angústia e possam ter maiores garantias de que as suas escolhas possam propiciar um caminho diferente com mais esperança para Portugal.
O PSD não deixará de apoiar este pedido que o Governo hoje endereçou à Comissão Europeia, disso já informei o senhor Presidente da República. Agora o que importa é tranquilizar Portugal.
É indispensável que o Governo em funções possa negociar um quadro mínimo de condições que não deixará de contar com o apoio do PSD.
O pedido de ajuda que foi hoje realizado pelo Governo não deve ser encarado pelo País como fim de linha ou acto de desespero, mas como o primeiro passo para não mascarar a realidade e poder encontrar pela via das eleições aqueles em quem confiaremos no futuro para poder, com os portugueses e as instâncias internacionais, encontrar um contrato de futuro".

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