Os resultados eleitorais têm sempre uma leitura política. Nada acontece por acaso. Há sempre uma causa, mais próxima, mais remota, para tudo o que ocorre. As pessoas é que precisam de ser inteligentes e sérias para perceber e interpretar o que se passa. O povo já não tem ilusões e não liga a conversas distorcidas ou manipulações da verdade. Não vale a pena andarmos a dar a "volta ao bilhar grande". Em Portugal a coligação foi derrotada e as suas políticas afastaram as pessoas das urnas. Valeu a essa corja uma realidade inquestionável: Seguro não tem perfil para líder da oposição, nunca teve, pelo que gerou um PS insonsso que não é alternativa a coisa nenhuma, não é capaz de apresentar medidas concretas, e indicar caminhos diferentes. Por isso as pessoas não se sentem motivadas e não foram às urnas. Depois de 3 anos de austeridade e de roubalheira era o que faltava que o PS não ganhasse estas eleições. Se assim acontecesse era melhor fechar para obras (ou pata liquidação). Na Madeira os resultados também têm uma leitura política e colocam em cima da mesa muitas questões e sobretudo muitas interrogações quando são as regionais de 2015 que já estão a condicionar muita coisa. É evidente que os dois partidos regionais colados à coligação nacional levaram um coice valente. Não serve de nada dizer, mil vezes se for preciso, que não se concorda com a política de Lisboa. Para os eleitores essa conversa não pega as coisas não funcionam dessa forma muito simplista. Os partidos são os mesmos, aqui ou a nível nacional, o impacto social e eleitoral de todas as medidas de austeridade tomadas nestes 3 anos é comum a todas as regiões do país, com inevitáveis repercussões daí resultantes. Aconteceu no passado com o PS (lembram-se das regionais de 2007 depois do "caso da lei de finanças regionais"?)? Porquê razão não aconteceria agora com o PSD e no CDS se são estes partidos que estão no poder em Lisboa e se todas as medidas que lá tomam têm impacto imediato nas famílias madeirenses? Não sou capaz de dissociar com toda a honestidade - e temos que ser sérios - os resultados na Madeira também da governação regional, fortemente condicionada pelo facto de sermos uma região sujeita a um rigoroso plano de ajustamento financeiro.
