Segundo o Correio dos Açores, "os dados do movimento de passageiros nos aeroportos portugueses publicados pelo INE apontam para uma ‘hecatombe’ no segundo trimestre no que designa como “tráfego interior”, referindo-se às rotas dentro do Continente e dentro de cada uma das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, que, no entanto, não é confirmada pelos dados dos Aeroportos, segundo a Presstur. O Instituto indica que esse “tráfego interior” representou 6,5% dos 8,426 milhões de passageiros embarcados e desembarcados nos Aeroportos portugueses no segundo trimestre deste ano, quando há um ano indicava que no segundo trimestre de 2011 o “tráfego interior” tinha representado 11,2% dos 8,529 milhões de passageiros embarcados e desembarcados nesse período. A partir destes dados é possível calcular que as rotas “interiores” tiveram uma quebra de mais de 400 mil passageiros, com um decréscimo de quase 43% para menos de 550 mil. Ainda de acordo com os dados do INE, esta queda é que esteve na origem do decréscimo registado no movimento de passageiros em voos domésticos, já que o “tráfego territorial”, termo que o Instituto usa para se referir às ligações do Continente com os Açores e com a Madeira e entre as duas Regiões Autónomas têm um crescimento de aproximadamente 250 mil passageiros (mais quase 44%, para mais de 830 mil). A informação do INE divulgada ontem indica que 9,9% dos passageiros nos aeroportos portugueses no segundo trimestre deste ano “corresponderam a tráfego territorial (tráfego entre o Continente e as Regiões Autónomas ou entre as duas Regiões Autónomas), quando há um ano, sobre o segundo trimestre de 2011, dizia que esse segmento tivera 6,8% dos passageiros do período. Estas indicações que decorrem dos dados do INE divulgados ontem, porém, não parecem ser confirmadas pelos dados dos Aeroportos. No Aeroporto de Lisboa, maior aeroporto português, a linha da Madeira (tráfego “territorial”), que é a segunda com mais passageiros de todas as rotas domésticas e internacionais, teve no segundo trimestre uma queda do número de passageiros em 18,4%, para cerca de 204 mil. As outras duas rotas “territoriais” que constam das 40 principais origens/destinos em Lisboa, Ponta Delgada e Terceira, também tiveram quedas a dois dígitos, respectivamente em 13%, para cerca de 78 mil passageiros, e em cerca de 16,3%, para aproximadamente 38,2 mil. As duas rotas “interiores” principais, as ligações de Lisboa com o Porto e com Faro, também estiveram em queda no segundo trimestre, mas de menor dimensão, respectivamente em 7,2%, para 103 mil passageiros, e em 5,6%, para 46,3 mil. No Aeroporto do Funchal, por sua vez, a rota “interior” Madeira - Porto Santo tem uma queda do número de passageiros em 17,4%, para 8,9 mil, mas não longe dos decréscimos da rota “territorial” Funchal - Porto, que baixa 17,5%, para 54,1 mil passageiros. Em número de passageiros são as ligações entre o Funchal e Lisboa, que são a principal rota na Madeira, que têm o maior decréscimo, em quase 21 mil passageiros (-9,2%, para 204,9 mil)”.
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