sábado, setembro 01, 2012

Amado: Governo e PS devem evitar «fraturas» sobre RTP

Li aqui que "o ex-ministro Luís Amado considerou que a introdução do debate da RTP na agenda política foi «inoportuna», sublinhando que o país atravessa momentos difíceis pelo que Governo e PS devem centrar-se no que os une e evitar «fraturas». «Acho que o país tem coisas mais bem importantes com que se preocupar neste momento. A introdução deste tema na agenda política interna não foi feliz, do meu ponto de vista», disse o antigo ministro dos Governos liderados pelo socialista José Sócrates, em resposta a questões dos jornalistas sobre a RTP, à chegada à Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide. Para Amado, esta é uma «questão fraturante na relação entre os partidos do Governo e da oposição e o país e os partidos têm de se concentrar mais nos temas que os unem e não nos temas que os dividem». «Foi inoportuna a introdução deste tema», considerou, insistindo em que «numa avaliação de quem está fora da luta política, é inoportuno». O ex-ministro afirmou que «os principais partidos devem entender-se sobre uma agenda positiva para resolver os problemas do país e tudo o que cria ruído e perturbação numa relação de compromisso entre os principais partidos sobre a governação do país é negativo neste momento». Neste contexto, Luís Amado criticou também a reação do PS à possibilidade da concessão da RTP1 e encerramento da RTP2: «Havendo da parte da esquerda e, em particular, do PS uma reação muito negativa a essa iniciativa, acho que ela devia ter sido evitada. Não faz sentido tomarmos iniciativas neste momento que comprometam a governação a médio e longo prazo. Um partido da oposição que tem a expectativa legítima de ganhar as próximas eleições à partida tomar uma posição de desfazer uma posição que este Governo assume, só isso provoca desgaste e perda de recursos e de energia que seriam necessários concentrar noutros temas». «O país está confrontado com tantas dificuldades e tem problemas importantes para resolver que as vantagens ou desvantagens desse processo, do meu ponto de vista, não compensam o ruído e a fratura que provocam do ponto de vista politico. O país tem de encontrar uma agenda de construção e não de fratura e de confronto». Questionado sobre se concorda com a privatização da RTP, Amado respondeu que «há outras opções» e destacou que «há uma divisão muito grande relativamente a essa matéria na sociedade portuguesa que justificava que não se tivesse dado prioridade a esse tema na agenda política do país». Amado recusou comentar a demissão da Administração da RTP por desconhecer «a política do setor».

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