Li no site da TVI que "o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, afirmou quarta-feira que estava convencido de que a expressão «houve uma pressão inaceitável» do ministro Miguel Relvas sobre o jornal «Público» constava da deliberação do regulador. «Estava convencido de que essa expressão estava lá. Lamento que não esteja e o erro é meu», afirmou Carlos Magno na comissão parlamentar para Ética, Comunicação e Cidadania, no âmbito de um requerimento feito pelo Bloco de Esquerda (BE). O presidente da ERC admitiu «a culpa por não ter lido» a deliberação final, divulgada em 20 de junho, que ilibou o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, de «pressões ilícitas» sobre o Público e a jornalista Maria José Oliveira. «Desde o princípio que a minha tese foi a da diretora do Público e não me desviei um milímetro. Acho a pressão inaceitável, tal como a diretora do Público», declarou. Ainda assim, Carlos Magno realçou que não só se revê, como se orgulha da deliberação da ERC: «Não só me revejo, como me orgulho de tudo o que está escrito. Tem contradições, mas a vida é feita de contradições». «Se pudesse acrescentar tal frase: a expressão não é ilícita, mas é inaceitável, [a deliberação] não teria mácula», escreve a Lusa. No final da audição do conselho regulador da ERC, o presidente Carlos Magno lançou o apelo aos deputados da comissão para Ética, Comunicação e Cidadania para que «não parlamentarizem a ERC», depois de ter rejeitado qualquer instrumentalização do organismo regulador. Além de ilibar Miguel Relvas de «pressões ilícitas» sobre o Público e Maria José Oliveira, a deliberação da ERC considerou ainda que «não se comprovaram as denúncias de que o ministro tenha ameaçado promover um ¿blackout¿ informativo de todo o Governo em relação ao jornal e divulgar na Internet um dado da vida privada» da jornalista. A ERC assinalou, em contrapartida, o «tom exaltado» de Relvas em contactos telefónicos efetuados, nomeadamente para a editora de Política do jornal, e a ameaça de deixar de falar com o Público, comportamento que «poderá ser objeto de um juízo negativo no plano ético e institucional, ainda que à entidade não lhe compita pronunciar-se sobre esse juízo».
Sem comentários:
Enviar um comentário