quinta-feira, maio 17, 2012

Troika volta a Portugal na próxima semana...

Li no Económico que "a quarta avaliação trimestral da 'troika' ao plano de assistência económica e financeira a Portugal começa na terça-feira. "Durante aproximadamente duas semanas, as autoridades portuguesas com responsabilidades no âmbito do Programa irão analisar, juntamente com representantes da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu, o trabalho realizado até ao momento e o planeamento dos trimestres seguintes", refere o comunicado enviado pelo ministério das Finanças esta manhã. Recorde-se que o programa de resgate acordado com a troika prevê a realização de avaliações regulares, a realizar trimestralmente, ao longo da sua vigência. Assim, a quarta avaliação regular terá lugar este mês, de acordo com o calendário pré-estabelecido. E o início destes trabalhos está previsto para a próxima terça-feira, dia 22 de Maio, de acordo com a mesma fonte. Tal como o Diário Económico avança na edição de hoje, a equipa da troika vai avaliar o problema grego como o principal risco externo de execução do memorando de entendimento em Portugal. Serão pensadas as linhas de acção a tomar, caso o risco de saída dos gregos do euro se concretize. De qualquer modo, o plano completo de contingência (que trará as medidas efectivas a adoptar) será sempre discutido no âmbito de Bruxelas, esclareceu ao Diário Económico fonte da Comissão em Portugal. Em cima da mesa estará também o desemprego, que atingiu os 14,9% da população activa no primeiro trimestre deste ano. Governo e ‘troika' consideram que o aumento do número de desempregados está a demonstrar um ritmo superior ao que seria expectável face à evolução da actividade económica. Nesse sentido, vão analisar ao pormenor a situação do mercado de trabalho e rever em alta a previsão do desemprego para este ano, bem como o impacto desta subida na Segurança Social. O crescimento económico também será discutido, com os técnicos internacionais a quererem perceber para onde está a caminhar a economia nacional - os dados avançados na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, que dão conta de uma quebra em cadeia do PIB de 0,1%, são vistos com cautela, porque são baseados em informação incompleta. Mas uma coisa é certa: a ‘troika' não vê grande margem para, com o objectivo de promover o crescimento, relaxar as metas do programa ou para novos financiamentos à economia, a não ser os provenientes dos fundos comunitários".

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