sábado, fevereiro 11, 2012

...e já deixou de pagar avenças aos comentadores

Tambem segundo o Económico, num texto da jornalista Rebeca Venâncio, “a ordem imposta pelo Estado já está a ser aplicada. Alguns rostos vão deixar de aparecer na estação pública. Os titulares de cargos públicos já não estão a receber avenças na RTP e RDP, sabe o Económico. A indicação dada pelo Governo à administração começou a ser aplicada no início deste mês, e implica, tal como Miguel Relvas já tinha anunciado, que os titulares de cargos públicos - sejam deputados, juízes, gestores de empresas públicas ou parceiros sociais - deixem de ser remunerados. Contactado pelo Diário Económico, o director-geral da estação, Luís Marinho, confirma a aplicação da decisão do accionista da empresa pública. "Que eu saiba, até à data, ninguém disse que estaria indisponível para continuar a colaborar", disse. Contactado, Marinho Pinto, bastonário da ordem dos advogados, não quis comentar o fim do pagamento das avenças. Sobre a sua continuidade no programa "Justiça Cega", o advogado exclui a possibilidade de sair. "Continuarei em antena, na estação pública, até que a RTP ou eu decidamos em contrário", revelou. Segundo avançou o "Correio da Manhã", em Outubro de 2011, Marinho Pinto recebe uma avença de 600 euros por programa. A par deste, perto de 40 outras personalidades eram pagas pela estação que atravessa, actualmente, uma reestruturação financeira. Francisco Moita Flores, criminalista e presidente da Câmara Municipal de Santarém, colaborador no mesmo programa que Marinho Pinto e Rui Rangel, admite que não tem, neste momento, um contrato com a RTP. "Não tenho um contrato assinado com a RTP neste momento, pelo que não recebo nada". Questionado sobre se aceitará assinar contrato nestas condições, Moita Flores garante que já foi "à televisão centenas de vezes sem receber". "Não faço disso [dinheiro] questão. Nunca forço", referiu. Já a eurodeputada Ana Gomes revelou que a rádio pública lhe pagava perto de 500 euros. "Recebia apenas porque quando a RDP me desafiou para fazer estas colaborações, disseram-me que era procedimento ‘standard'. Eu disse que estava disposta a fazer gratuitamente, até porque considero que faz parte das minhas obrigações como deputada, mas disseram-me que até seria embaraçoso perante outros que são pagos, pelo que aceitei". Questionada sobre a mudança das condições, a socialista admite que "não há qualquer problema em que mudem as regras. Continuarei enquanto a RDP quiser", afirmou”.

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