sexta-feira, maio 13, 2011

Amigos da onça: Bruxelas lucra 1,3 mil milhões por ano com empréstimo…

Escreve o jornalista do Correio da Manhã, Pedro H. Gonçalves, que a Comissão Europeia vai emprestar 52 mil milhões de euros a Portugal, “a um juro anual médio entre 5,5 e 6 por cento. O Fundo Monetário Internacional (FMI), que empresta os restantes 26 mil milhões de euros, pede uma taxa mais baixa, entre 3,25 e 4,25 por cento. Dada a taxa a que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) se financia, Bruxelas vai ter um lucro de 1,3 mil milhões de euros anuais pelo pacote de ajuda. São cerca de 120 euros por cada português todos os anos. Para Filipe Silva, do Banco Carregosa, os portugueses acabam por pagar dois terços do pacote de ajuda a juros semelhantes aos que o mercado pedia em Abril. "Isto significa que ninguém nos vai pagar a nossa crise e os nossos problemas. Vamos ser nós a pagá-la, ou seja: não há ajudas grátis", conclui. No total dos 52 mil milhões de euros que os 26 países da UE emprestam, Portugal pagará uma média de juros anual de 2,86 mil milhões de euros, dos quais 1,3 mil milhões são lucro, uma vez que o FEEF se financia a 2,9 por cento e empresta-nos cobrando quase o dobro.
"A taxa de juro é calculada de acordo com a fórmula do Eurogrupo que significa seguir a política de preços do FMI, com um margem pequena e assim conduzir a taxa de juro, acima de 5,5 mas seguramente abaixo de 6 por cento", afirmou ontem Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos depois de a Comissão Europeia ter aprovado o resgate. O responsável garante que o pacote "não sofrerá alterações após as eleições", eliminando margem de manobra para o próximo Governo renegociar medidas. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que hoje se encontra com a chanceler alemã Angela Merkel afirmou que o programa de assistência "é muito exigente" mas acabou por se tornar "indispensável perante a situação de pré-ruptura financeira a que Portugal chegou". O pacote deverá ser aprovado a 16 de Maio na reunião dos ministros das Finanças, onde estará também o director do FMI, Strauss-Kahn”.

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