segunda-feira, maio 02, 2011

21,3% dos jovens sem emprego

Escreve a jornalista do Correio da Manhã, Raquel Oliveira qure “o desemprego é a consequência mais dramática da crise económica. Em Portugal os números oficiais apontam para 11,1% em Março, contra 10,7% em igual período do ano anterior, segundo dados revelados ontem pelo gabinete europeu de estatísticas, o Eurostat. E a geração mais ‘à rasca’ é a dos jovens à procura de emprego, onde a taxa de desemprego sobe para 21,3%. Ou seja, mais de um em cada cinco não consegue encontrar trabalho.O flagelo atinge quase toda a Europa. As últimas contas ao desemprego na União Europeia revelam um universo de mais de 22,8 milhões de cidadãos sem trabalho, correspondente a uma taxa de 9,5%. A taxa de desemprego nacional representa cerca de 650 mil de-sempregados, 294 mil dos quais encontram-se ainda a receber o subsídio. Ou seja, a maioria dos desempregados não recebe apoio estatal. O secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Valter Lemos, classificou ontem como positiva a estabilização da taxa de desemprego nos 11,1 por cento no primeiro trimestre deste ano, realçando a recuperação de alguns sectores económicos. Valter Lemos realçou que há sectores que estão "a recuperar muito bem, nomeadamente o da exportação, como o calçado e o têxtil, duas áreas de grande volume de emprego", mas admitiu que outros, como o da construção civil, "continuam em crise grave". Espanha apresenta a taxa de desemprego mais elevada entre os 27 países da União Europeia, com 20,7 por cento, o que representa perto de cinco milhões de desempregados. O Instituto Espanhol de Estatística também divulgou ontem dados sobre o desemprego, tendo revelado que existem já 1,3 milhões de lares em que todos os membros estão sem trabalho. Também entre os jovens as estatísticas revelam que a taxa se situa acima dos 44 por cento, colocando Espanha no primeiro lugar da ‘lista negra’ do desemprego juvenil. Na União Europeia a taxa de desemprego manteve-se estável relativamente a Fevereiro, situando-se nos 9,5%. A Holanda (4,2 por cento), Áustria (4,3 por cento) e Luxemburgo (4,5 por cento) registam as taxas mais baixas.
EMIGRAÇÃO SURGE COMO ALTERNATIVA
O ex-secretário de Estado das Comunidades e deputado do PSD, José Cesário, afirmou ontem que a dimensão da nova emigração portuguesa atingiu níveis "impressionantes", principalmente na Europa e em África. "Esse fluxo é mais evidente de alguns anos a esta parte, em 4-5 anos agudizou-se bastante", sublinha José Cesário, recordando que fora da Europa destaca-se o caso de Angola como destino de emigração”
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