sábado, abril 02, 2011

Nem com o FMI? S&P reduz «rating» da Irlanda...

Diz a Agência Financeira/TVI que "a Standard & Poor's reduziu esta sexta-feira o rating da dívida soberana da Irlanda para BBB+, dois níveis acima do de Portugal. De acordo com a S&P para descer ao nível de «lixo» (junk), a Irlanda precisa de ser cortada em três níveis, cita a Bloomberg. Já para Portugal, basta cortar apenas um nível, uma vez que a agência de notação financeira cortou na terça-feira a classificação da República Portuguesa para BBB-. A decisão da S&P surge um dia depois de terem sido divulgados os resultados dos «testes de stress» à banca irlandesa, por considerar que «as necessidades de capital do País estão dentro do intervalo esperado, embora no nível mais elevado». Um outro aspecto apontado pela agência de notação para o corte da dívida irlandesa para BBB+ prende-se com o facto de a contracção do PIB irlandês, desde 2008, ter chegado ao fim. A «economia irlandesa está no caminho para se recuperar gradualmente», acrescenta a S&P. Fitch coloca Irlanda sob perspectiva negativa Quem, por outro lado, colocou o rating da Irlanda sob perspectiva negativa foi a Fitch, que alertou para um novo corte «no curto prazo». Em comunicado, a agência justificou esta decisão com implicações negativas que reflectem a possibilidade de novos desenvolvimentos após o corte de rating feito a 9 de Dezembro do ano passado, em três níveis, de «A+», para «BBB+». A Irlanda recebeu um resgate financeiro por parte da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, ao contrário de Portugal. O analista Frank Gill disse, citado pela Lusa, que «a economia irlandesa tem perspectivas de crescimento mais fortes do que as economias portuguesa e grega», considerando a sua abertura (as exportações da Irlanda deverão ser de 107 por cento do PIB em 2011, comparado com os 30 por cento no caso de Portugal), a sua flexibilidade e a sua competitividade. Referiu ainda que a perspectiva sobre o país poderá subir se a economia voltar a crescer a um ritmo acima das expectativas, o que a S&P estima para valores entre 2% e 2,5%”.

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