quarta-feira, abril 20, 2011

Açores: afinal César já admite "erros de governação" de Sócrates!

Li no Diário dos Açores que "César considerou que a crise económico-financeira que Portugal atravessa foi "causada por alguns erros de governação". "A economia açoriana está em melhores condições para enfrentar os efeitos da crise financeira portuguesa e tem mesmo uma folga para dar apoios públicos às famílias e às empresas", garantiu à Lusa o presidente do Governo Regional dos Açores. Em declarações à Lusa no domingo, em Toronto, à margem da cerimónia de inauguração da nova rua açoriana na cidade, Carlos César referiu vários indicadores económicos e sociais que comprovam que a economia açoriana, face à do continente, está em melhor situação. Nós temos uma dívida externa directa que está mais ou menos na ordem dos dez por cento do PIB. A nacional é da ordem dos 120%. As nossas dívidas avalizadas ao sector público empresarial, todas juntas, são menores, por exemplo, do que a dívida da RTP", afirmou. Outro factor a ilustrar o desempenho da economia da região é a taxa de desemprego que, como frisou Carlos César, é inferior à de Portugal e uma das mais baixas no seio da União Europeia"."Há aqui uma diferença substancial [entre o arquipélago e o continente] que permite que os Açores também tenham alguma folga para fazer com que os efeitos (da crise) nas famílias e nas empresas possam ser compensados mediante apoios públicos para minimizar essas consequências", assegurou o presidente do governo regional. Carlos César considerou que a crise económico-financeira que Portugal atravessa foi causada por alguns "erros de governação", recusando-se, contudo, a alimentar controvérsias. "O Governo da República actual cometeu certamente vários erros. Os governos futuros também os cometerão", afirmou. Neste contexto, referiu que o elevado investimento público, realizado a partir de 2008, conduziu a um agravamento do endividamento do país, sem que se tenha conseguido um crescimento proporcional, o que contribuiu para a situação actual de crise em Portugal. Quando questionado sobre se estaria em consonância política com o primeiro-ministro português e líder socialista, Carlos César respondeu: "Eu penso que o engenheiro José Sócrates não se pode distanciar da consciência que é própria de qualquer ser humano. Ele sabe muito bem que nem tudo correu bem. Agora também acho que é justo que saliente o que correu bem".

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