Segundo a RTP, "as empresas públicas de transportes estão à beira do colapso financeiro, revela o semanário "Expresso" na sua edição de hoje. Usando várias fontes não identificadas, das empresas e do próprio Governo, o jornal traça um cenário catastrófico das finanças no setor dos transportes.Um gestor de uma das empresas contactadas pelo "Expresso" diz que grande parte das transportadoras públicas "será confrontada com problemas de tesouraria nos últimos quatro meses do ano" e garante que "o Governo conhece bem o problema". E o problema é muto grave: as dívidas destas empresas à banca ultrapassam os 17,27 mil milhões de euros. Citando o ministro António Mendonça no Parlamento, o "Expresso" refere que a dívida será de 10 mil milhões só na CP e na Refer. Mas uma fonte oficial não identificada vai um pouco mais longe: "Se não tivessem congelado algns projetos e reduzido custos, a dívida destas empresas ascenderia a 16 mil milhões". Aliás, a Standard & Poor's já classificou as dívidas da CP, Refer e Metro de Lisboa como "lixo".O Metro de Lisboa vive um situação financeira difícil, mas uma fonte não identificada diz que a empresa "tem capacidade para honrar os compromissos". Uma outra fonte não identificada da ANA diz, por seu lado, que as necessidades imediatas de financiamento estão asseguradas. No entanto, escreve o "Expresso", a dívida líquida da ANA agravou-se para 465 milhões de euros. O Metro do Porto também estará em grandes dificuldades e, segundo uma carta ao secretário de Estado do Tesouro divulgada pelo semanário, a empresa preciso de 290 milhões para o primeiro semestre. Nesse documento, a empresa explica que das 19 instituições financeiras contactadas, apenas uma se mostrou interessada em emprestar o dinheiro e, mesmo assim, "sujeita à concessão da garantia da República Portuguesa".
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