"Neste exótico Portugal, a religião socialista parece ir ocupando o espaço dos sentimentos religiosos autênticos, e até aceita o martírio pelo sistema político ainda vigente.
Neste exótico Portugal que venera religiosamente o socialismo – coisa em que, no resto da Europa, cada vez menos gente acredita – parte do eleitorado vota mal e depois descarrega a consciência, dizendo que «a culpa é dos políticos», mas nada fazendo para mudar o estado de coisas em que chegámos.
Neste exótico Portugal, até se brinca, a lei permite-o, com as candidaturas à Presidência da República.
Calculem que um indivíduo que, na Madeira, é conhecido pelas suas palhaçadas políticas e inclusive desfraldou uma bandeira nazi no Parlamento madeirense, também se apresentou ao Tribunal Constitucional como candidato a Presidente da República!
Claro que a malta, até para aliviar as enxaquecas que o sistema político da República Portuguesa nos causa cada vez mais, no gozo assina a proposta de candidatura. Vá lá que ainda não se perdeu a vontade de rir...
Mas não se trata só de gozo. É sobretudo um protesto sarcástico, que a República merece por aquilo a que chegou.
Claro que o personagem em causa, até condenado judicialmente e ainda com uma série de processos às costas, por injúrias e calúnias, não pretende a Presidência da República – penso que Portugal ainda não enlouqueceu a esse ponto – mas sim tempo de antena para sobretudo falar da Madeira.
Por cá, toda a gente sabe que quem paga tal espectáculo divertido e constante, são famílias que dominaram feudalmente a Madeira antes do 25 de Abril e que não perdoam as transformações sociais, culturais e políticas da Autonomia, as quais lhes tiraram poder.
E vai daí, toca a aproveitar tempo de antena para dizer as maiores enormidades e aldrabices sobre a Madeira, na impunidade que a permissividade criminosa de sistema político permite.
Alerto para isto, porque vão ver a imprensa situacionista dar toda a cumplicidade a este especímen da extrema-direita. Pois, num ano de muitas dificuldades nacionais e com eleições regionais no arquipélago, dá jeito à cumplicidade dessa imprensa situacionista, manobras de diversão com a Madeira, para se falar menos do desastre socialista". (crónica de Alberto João Jardim esta semana na rubrica "Palavras Assinadas", da TVI24 e que pode ser vista aqui)
Neste exótico Portugal que venera religiosamente o socialismo – coisa em que, no resto da Europa, cada vez menos gente acredita – parte do eleitorado vota mal e depois descarrega a consciência, dizendo que «a culpa é dos políticos», mas nada fazendo para mudar o estado de coisas em que chegámos.
Neste exótico Portugal, até se brinca, a lei permite-o, com as candidaturas à Presidência da República.
Calculem que um indivíduo que, na Madeira, é conhecido pelas suas palhaçadas políticas e inclusive desfraldou uma bandeira nazi no Parlamento madeirense, também se apresentou ao Tribunal Constitucional como candidato a Presidente da República!
Claro que a malta, até para aliviar as enxaquecas que o sistema político da República Portuguesa nos causa cada vez mais, no gozo assina a proposta de candidatura. Vá lá que ainda não se perdeu a vontade de rir...
Mas não se trata só de gozo. É sobretudo um protesto sarcástico, que a República merece por aquilo a que chegou.
Claro que o personagem em causa, até condenado judicialmente e ainda com uma série de processos às costas, por injúrias e calúnias, não pretende a Presidência da República – penso que Portugal ainda não enlouqueceu a esse ponto – mas sim tempo de antena para sobretudo falar da Madeira.
Por cá, toda a gente sabe que quem paga tal espectáculo divertido e constante, são famílias que dominaram feudalmente a Madeira antes do 25 de Abril e que não perdoam as transformações sociais, culturais e políticas da Autonomia, as quais lhes tiraram poder.
E vai daí, toca a aproveitar tempo de antena para dizer as maiores enormidades e aldrabices sobre a Madeira, na impunidade que a permissividade criminosa de sistema político permite.
Alerto para isto, porque vão ver a imprensa situacionista dar toda a cumplicidade a este especímen da extrema-direita. Pois, num ano de muitas dificuldades nacionais e com eleições regionais no arquipélago, dá jeito à cumplicidade dessa imprensa situacionista, manobras de diversão com a Madeira, para se falar menos do desastre socialista". (crónica de Alberto João Jardim esta semana na rubrica "Palavras Assinadas", da TVI24 e que pode ser vista aqui)