sábado, abril 17, 2010

População mundial continua a envelhecer

Li no site institucional da ONU que "a população mundial continua a envelhecer e irá exceder os 9 mil milhões de habitantes até 2050», confirma um relatório da ONU (World Population Prospects: The 2006 Revision), publicado hoje e que prevê um período de transição na estrutura da população do planeta. Segundo o relatório, «a população mundial irá registar um crescimento de cerca de 2,5 mil milhões nos próximos 43 anos, passando dos actuais 6,7 mil milhões para 9,2 mil milhões, em 2050. Este crescimento equivale à população total do planeta em 1950 e diz sobretudo respeito às regiões menos desenvolvidas. A população destas regiões passará de 5,4 mil milhões em 2007, para 7,9 mil milhões em 2050, enquanto as regiões desenvolvidas permanecerão estáveis, com cerca de 1,2 mil milhões de habitantes. Estas regiões deveriam sofrer um declínio da população, se não tomássemos em conta a migração dos países em desenvolvimento para os países desenvolvidos, a qual deve atingir os 2,3 mil milhões de pessoas por ano. O relatório salienta que o declínio da fecundidade e a crescente longevidade conduzirão a um envelhecimento rápido da população, num número cada vez maior de países, nomeadamente no que se refere à faixa etária de mais de 60 anos. Nos países desenvolvidos, o número de pessoas com mais de 60 anos deve praticamente duplicar, de 245 milhões, em 2005, para 406 milhões, em 2050, e o número de pessoas com menos de 60 anos deve baixar de 971 milhões, em 2005, para 839 milhões, em 2050. Estes números partem do princípio de que as taxas de fecundidade continuarão a diminuir nos países em desenvolvimento, afirma o relatório. Nos países menos desenvolvidos, o relatório prevê que a fecundidade desça de 2,75 filhos por mulher, entre 2005 e 2010, para 2,05, entre 2045 e 2050. No grupo dos países menos avançados, esta redução ainda será mais abrupta, ao passar de 4,63 filhos por mulher para apenas 2,50.
«Para se alcançarem estes resultados, é essencial que o acesso ao planeamento familiar cresça nos países mais pobres», afirma o relatório da ONU, que salienta que, se a fecundidade se mantiver ao nível actual, a população destas regiões não será de 7,9 mil milhões, mas sim de 10,6 mil milhões. Estas projecções baseiam-se igualmente no número de pessoas afectadas pelo VIH/SIDA que beneficiarão de um tratamento anti-retroviral.Estima-se que uma pessoa afectada pelo vírus viva em média 10 anos sem tratamento, contra 17,5 com tratamento.O relatório considera que 62 países do mundo estejam «muito afectados peloVIH/SIDA» como epidemia, incluindo 40 em África. Prevê que 31 dos países mais afectados sejam capazes de assegurar, até 2015, tratamento a mais de 70% das pessoas que sofrem da doença.Estas estimativas relativas ao VIH/SIDA constituem uma mudança relativamente ao último relatório de 2004, explicou hoje Hania Zlotnik, Directora da Divisão de População do Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais da ONU (DESA), durante uma vídeo-conferência de imprensa, em Nova Iorque.Todos estes números revelam uma transição na estrutura demográfica do planeta, disse Hania Zlotnik. A revolução dos antibióticos, a redução das doenças infecciosas e a redução da mortalidade infantil conduziram a um rejuvenescimento da população, a uma base alargada da pirâmide da população. A maioria dos países africanos encontra-se nesta fase
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