terça-feira, fevereiro 09, 2010

Medicina: Universidade do Minho na vanguarda

Foi ontem noticiado pelo Publico, num texto do jornalista Samuel Silva, que "a Universidade do Minho está à procura de voluntários dispostos a passar por doentes no âmbito de um programa de formação de jovens médicos único em Portugal. O projecto de "pacientes estandardizados" é uma das valência do Laboratório de Aptidões Clínicas que funciona há dois anos e já ajudou a formar centenas de médicos. O laboratório é uma valência, inédita a nível nacional, que se destina à formação de jovens clínicos. Neste espaço, os estudantes de Medicina da Universidade do Minho treinam a recolha de histórias clínicas e contactam com "pacientes estandardizados", actores treinados para simular determinada patologia. O objectivo é aperfeiçoar a comunicação dos médicos com os doentes. "Centenas de alunos passaram pelo laboratório para receber formação e fazemos um balanço positivo desse período experimental", avalia o presidente da Escola de Ciência da Saúde da Universidade do Minho, Nuno Sousa. "Estamos extremamente satisfeitos", acrescenta o professor, o que levou a direcção da instituição a decidir alargar o programa. Foi lançado um desafio à sociedade civil para o recrutamento de voluntários para integrar o projecto e que se juntassem aos 16 actores-doentes que até aqui interagiram com os estudantes. A expectativa era duplicar a oferta, mas em poucas semanas já apareceram mais de 30 interessados em colaborar com a Universidade do Minho. Agora têm pela frente um processo de formação em que vão aprender a simular os sintomas de uma ou duas patologias, em situações o mais próximo possível da realidade, como consultas ou situações de urgência. O objectivo é chegar aos 50 doentes estandardizados e desta forma tornar possível o alargamento da oferta formativa aos estudantes. "Com mais doentes, podemos alargar a paleta de doenças e atingir um espectro maior de alunos", projecta o presidente. A universidade quer alargar progressivamente a frequência destes espaços de formação a todos os alunos de Medicina do Minho.Durante os dois anos de funcionamento experimental, o projecto de actores-doentes foi sendo monitorizado, especialmente através de inquéritos aplicados aos estudantes, antes e depois das sessões de treino. "Esse trabalho permitiu tirar conclusões muito relevantes. Os alunos entendem que beneficiaram desta formação e o grau de confiança nas competências clínicas aumenta significativamente", revela Nuno Sousa".

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