Segundo o DN de Lisboa, "o ministro da Finanças acusou o Parlamento de dar "sinais errados" e de colocar em causa a capacidade do Governo de cumprir a rota de consolidação orçamental, por aprovar o aumento das transferências para as regiões.Durante a sua intervenção em plenário no debate do Orçamento do Estado para 2010, Teixeira dos Santos voltou a lembrar a polémica questão das alterações aprovadas na última sexta feira à lei das finanças regionais, afirmando que nas últimas (várias) entrevistas que deu a órgãos de comunicação estrangeiros todos lhe perguntaram como iria aprovar um programa de estabilidade e crescimento "quando tem um parlamento que aprova aumentos nas transferências para as regiões". "Todos se interrogam como é que o Governo vai cumprir", afirmou Teixeira dos Santos, "quando o parlamento dá sinais errados", acrescentou. Fugindo ao discurso, Teixeira dos Santos apontou o 'dedo' a Manuela Ferreira Leite neste aspecto (e ainda sobre a proposta do PSD de extinguir o pagamento especial por conta) relembrando que a líder do PSD afirmou em plenário ser preciso "credibilidade". "É preciso credibilidade, é preciso dar sinais de rigor, e não sinais de falta de rigor, e senhora deputada, tive oportunidade de a avisar mais que uma vez, que não podemos dar sinais de falta de rigor", afirmou. "Nos últimos dias falei com inúmeras agências internacionais (...) e todos me perguntaram: como é que vai aprovar um programa de estabilidade e crescimento, quando tem um parlamento que aprova um aumento das transferências para as regiões", disse o ministro. Para a líder do PSD, Teixeira dos Santos não deixou ainda de criticar as tentativas do PSD em extinguir o pagamento especial por conta, anunciando que já foram disponibilizados mais de 5 mil milhões de euros no âmbito da Linha PME Investe para apoiar as empresas. "A senhora Manuela Ferreira Leite acha que é a acabar com um PEC, (...) que não representa mais de mil euros para as pequenas e médias empresas, que se apoiam as empresas", afirmou. O ministro não deixou de "informar" o Parlamento que hoje o Estado fez uma emissão de divida pública, em obrigações do tesouro a dez anos, no valor de três mil milhões de euros. Teixeira dos Santos aproveitou para sublinhar que a procura quadruplicou a oferta, e que durante o leilão, o 'spread' da dívida baixou consideravelmente".
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