sábado, janeiro 16, 2010

Assessores: afastem o Luis Bernardo e depois verão...

Li no Correio da Manhã que "Luís Bernardo, assessor de Imprensa do gabinete do primeiro-ministro, desmente a sua possível saída de S. Bento, informação avançada, no espaço ‘Correio Indiscreto’. Luís Bernardo garante que vai "continuar, com todo o gosto, no exercício das funções que tenho desempenhado, ao serviço do gabinete do primeiro-ministro". O assessor de José Sócrates, e ex-jornalista da TVI, assegura também que o ambiente de trabalho na equipa de S. Bento "é óptimo, como sempre tem sido desde que o engº José Sócrates assumiu as funções de líder do Governo". Eu deixo um desafio: "despeçam" ou deixar sair o Luís Bernardo, que sabe mais do que faz a dormir que os outros todos de olhos abertos, e depois veremos o que vai acontecer ali para as bandas de S.Bento! Façam isso... Para conhedcer melhor este assessor de Sócrates leia aqui, no DN de Lisboa: "Luís Bernardo, 43 anos ex-jornalista. Tendo sido jornalista, trouxe para a função de assessor de imprensa toda a sua experiência enquanto tal, como o fazem a maior parte dos assessores de imprensa. Mas a verdade é que antes do jornalismo e antes da assessoria de imprensa já andava na política. É militante do PS (secção de Queluz, Sintra) desde 1987. Dirigiu durante a associação de estudantes da secundária de Queluz. Chegou mesmo a representar a JS no Conselho Nacional da Juventude. Por inerência dessa função, teve assento na direcção da JS, então liderada por António José Seguro. Luís Bernardo acabou por ser jornalista de forma relativamente ocasional. Entrou na TVI, no princípio dos anos 90, para escrever guiões. Mas acabou na redacção. O seu director de informação do (então) "canal da Igreja", era o padre António Rego. Foi na TVI que se cruzou com Pedro Silva Pereira, hoje ministro da Presidência, na altura editor da secção da política (e que chegou à estação pelos circuitos católicos). A certa altura, já com Artur Albarran como director de informação, integrou a equipa que investigava o caso Camarate. Pediu - segundo diz - para ser afastado quando "começaram as coboiadas". As "coboiadas" eram um jornalismo totalmente dedicado a confirmar uma tese (no caso: o atentado). Hoje, como qualquer político no activo, é incapaz de compreender o jornalismo sem o ligar a interesses políticos. Há quem não se tenha esquecido de o ver acusar jornalistas de estarem a fazerem fretes ao PSD por, na visita de Sócrates à China, estes quererem ouvir o primeiro-ministro comentar as inconveniências de Manuel Pinho sobre o trabalho barato em Portugal. Em 1997 deixa o jornalismo. Vai para assessor do ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho. Aguenta-se dois anos no posto - mas voltaria a cruzar-se com Carrilho. Depois, em 1999, ascende à condição de assessor do primeiro-ministro, António Guterres, com quem fica até ao fim (2002). Sempre se manteve, aliás, como uma espécie de assessor informal de Guterres, mesmo quando este deixou o Governo. Ajudou-o, por exemplo, na operação que levou o ex-PM a alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Depois vem o pequeno deserto 2002-2005, quando o PS passa para a oposição e o país é governado pela aliança PSD-CDS. Bernardo obteve um lugar de luxo, no hemisfério privado, no Grupo SAG, do multimilionário João Pereira Coutinho. Em 2005, tendo o PS regressado ao poder, regressa à assessoria política, primeiro com o ministro Silva Pereira, depois transitando para o gabinete de Sócrates (com quem, aliás, já tinha feito a campanha eleitoral). No final de 2005, foi chamado de emergência para dirigir a campanha, já totalmente em perda, de Manuel Maria Carrilho à Câmara de Lisboa".

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