Segundo o Correio dos Açores, "a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada considera “insuficiente” o orçamento que o governo dos Açores fez aprovar para combater a crise “em que está mergulhada a economia dos Açores” e entende que “é preciso fazer-se mais no momento actual”. Considera que “não é possível adiar mais a revisão do modelo de transportes de passageiros sem causar mais danos no sector do turismo, um dos poucos em que a Região ainda pode crescer e em que ainda tem muitas infra-estruturas construídas para rentabilizar”. A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada considerou ontem que 2009 ficará na história dos Açores “pela perda acentuada de actividade e emprego na construção civil e sectores associados, pela quebra acentuada de turistas nacionais e estrangeiros, pela redução na actividade dos transportes, e por quebras nos serviços e na actividade económica em geral”. Num comunicado distribuído, ao fim do dia, o organismo defensor dos interesses dos empresários açorianos, elucida que “para lidar com esta conjuntura, o governo criou diversas linhas de apoio à reestruturação financeira das empresas e à criação de liquidez, adquiriu uma parte do stock de habitações construídas e reforçou, com mais 50 milhões de euros de endividamento, o financiamento do Orçamento Regional, em linha com a primeira rectificação do Orçamento do Estado”. Sublinha que o executivo de Carlos César, em sequência às medidas que tomou, “rejeitou a hipótese de reforçar o financiamento de 2009 aquando da discussão do segundo Orçamento Rectificativo”. No entender da Câmara do Comércio e Indústria, presidida por Mário Fortuna, o governo açoriano fez aprovar um orçamento para 2010 “com um crescimento inferior a 1%, financiado com um reforço de endividamento de mais 50 milhões de euros”. A Câmara do Comércio e Indústria considera que se trata de um orçamento “insuficiente para contrariar minimamente a crise em que está mergulhada a economia dos Açores”. Explica que subscreveu e subscreve esta posição entendendo que “é preciso fazer-se mais, no momento actual, sem abandonar a ideia de que, a prazo, se pretende orçamentos públicos contidos e contas equilibradas”. “O adiamento de políticas económicas de combate à crise só levará a que haja menos sobreviventes no futuro degradando desnecessariamente o tecido empresarial dos Açores e fazendo recuar no tempo uma economia frágil que terá de crescer mais para sustentar uma miríade de projectos desorçamentados que exigirão vastos recursos do orçamento da Região, num futuro não muito longínquo”, afirma a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada em comunicado". Leia tudo. Um tema que também pode ser lido aqui, no Açoriano Oriental com o título "CCIPD alerta para turismo em risco sem voos 'low-cost". Curiosamente alguns "negociantes" de sistemas informáticos de reservas hoteleiras nunca defenderam tal posição...
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