Li no Jornal I, "quando se faz uma acusação destas é preciso apresentar provas e não lançar uma insinuação". José Sócrates comenta assim a suspeita de José Manuel Fernandes de que o jornal Público estaria sob escuta e acrescenta que quem apenas insinua “fica para sempre indignificado”. Declarações à RTP, já depois de ter considerado, aos microfones da TSF, que o director do Público "sempre teve uma imaginação criativa". À RTP manteve o sentido da apreciação, mas mudou o adjectivo: “uma imaginação fantasiosa, delirante”, foi a expressão escolhida. O primeiro-ministro defendeu os Serviços de Informações de Segurança (SIS). “Os Serviços Secretos existem para servir a nossa Democracia e eles já fizeram uma declaração dizendo que nunca fizeram qualquer tipo de escutas ao Público”, disse, acrescentando que, tanto quanto sabe, o SIS “não faz nada fora da lei”. "O meu dever é concentrar-me na campanha. Li a notícia [publicada no Diário de Notícias] com muita surpresa, mas acho que esta matéria pode esperar", declarou José Sócrates acrescentando que o caso “não abala” as relações entre São Bento e Belém. Sócrates acusou ainda José Manuel Fernandes de lançar suspeitas sobre o SIS “apenas para se safar de um assunto incómodo”. Um comportamento que considerou “muito indigno e consequência de uma imaginação delirante”. Sobre o alegado pedido de Cavaco Silva ao assessor, Fernando Lima, para tornar públicas as suspeitas de escutas em Belém, José Sócrates disse ainda à TSF que o Presidente da República "tem procurado e tem feito tudo o que deve fazer para ser completamente independente nesta campanha eleitoral". Voltou também a repetir a convicção já afirmada no mês passado: “Tenho a certeza que não se deixará instrumentalizar por ninguém”.O director do Público garantiu, também na TSF, que parte do e-mail publicado hoje pelo DN terá sido forjado. José Manuel Fernandes acredita que a correspondência electrónica de Luciano Alvarez, editor do jornal, só pode ter sido "alguém fez uma intrusão dentro do Público e colocou isso nalguns jornais". Para José Manuel Fernandes, "é um trabalho dos serviços de informações", que confirma as suspeitas do Presidente da República. Foi já pedida uma auditoria às comunicações da empresa".
Sem comentários:
Enviar um comentário