Conheço Fernando Lima - e eu muitos jornalistas da Madeira, da "velha guarda" - há muitos anos. Não tenho, nunca tive, uma relação de proximidade tão grande como outros jornalistas. A verdade é que este açoriano, curiosamente "tramado" pelo diário (DN de Lisboa) onde já foi director, acaba por ser protagonista de um facto para o qual não estava preparado nem à espera. Cavaco Silva acaba de dar o exemplo, afastando uma pessoa muito próxima e que, aparentemente (o esclarecimento de tudo o que se passou quando será feito?), associou indevidamente o Presidente a um facto com contornos mal definidos, mas que conheceu hoje um novo espisódio quando as "secretas" militares negaram que tivessem efectuado a "limpeza" de Belém a pedido de Cavaco. Sem argumentos, Cavaco foi obrigado a afastar Fernando Lima, com quem trabalha desde os tempos em que foi primeiro-ministro. Possivelmente para este açoriano foi uma "machadada" na sua actividade profissional porque ficará associado ao que parece ser um embuste. A decisão der Cavaco, a última a única a ser tomada, acabou por constituir um exemplo, quer para outros políticos, mas quer sobretudo um exemplo para a conjuntura actual. Resta aguardar por outras demissões, porque inevitavelmente, doa a quem doer, o assunto não pode acabar aqui.
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