Segundo a SIC, "o presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou que, de momento, a empresa não tem intenções de despedir trabalhadores como forma de conter custos, ressalvando no entanto que a transportadora "depende do mercado"."A nossa intenção ainda é preservar a força de trabalho que temos. Obviamente dependemos do mercado", disse à Lusa Fernando Pinto, na primeira entrevista que concedeu desde que foi reconduzido no cargo, em assembleia-geral na terça-feira. "O trabalho da administração, desde que assumi o cargo, tem sido o de evitar os despedimentos", acrescentou o mesmo responsável, lembrando que, no início do seu mandato, procedeu a um corte no número de trabalhadores. "A TAP teve um forte crescimento ao longo dos sete anos, duplicando o seu tamanho" e só houve um corte do pessoal no primeiro ano "em dez por cento", disse Fernando Pinto. Na sua edição de quarta-feira, o jornal Público avançou que a TAP estava a estudar uma redução de pessoal nos negócios acessórios, acrescentando que "as orientações estratégicas da empresa" poderiam "incluir despedimentos". Na mesma entrevista, o presidente da TAP acrescentou que a sobrevivência da empresa de 'handling' Groundforce -actualmente em processo de venda por parte da TAP - depende de os sindicatos aceitarem uma maior flexibilização das regras de trabalho e mudanças no acordo de empresa. "Continuo com esperança de conseguir um acordo com os sindicatos para flexibilizar regras de trabalho. A proposta que temos em cima da mesa - e que ainda não foi descartada pelos sindicatos - permitiria a sobrevivência da Groundforce", disse Fernando Pinto. O presidente da TAP afirma que, relativamente à Groundforce, está em causa algumas "áreas críticas", como a operação no aeroporto de Faro, "onde a empresa mais perde hoje em dia", mas também em outras áreas onde "é necessária mais flexibilização e mudanças no Acordo de Empresa". "O que a TAP não pode, é sustentar uma empresa que dá 20 milhões de euros de prejuízo por ano. Isso é impossível para o grupo", disse também o presidente da TAP. A TAP avançou em Março com um concurso para seleccionar uma instituição bancária de investimentos para vender 50,1 por cento do capital da Groundforce, no mercado nacional e internacional. No entanto, "se a empresa não for sustentável e não conseguirmos fazer esta operação, teremos de fazer uma venda por partes", adiantou o responsável. Adiantou, no entanto, que não seria a melhor solução para a administração da TAP: "Não é isso que gostaríamos de fazer". A Groundforce é detida pela TAP e é responsável por cerca de 80 por cento do movimento aeroportuário, nas suas vertentes de atendimento a passageiros, 'check-in', recolha e entrega de bagagens e transporte de passageiros e bagagens entre os terminais e os aviões". Veja aqui o video da SIC com as declarações de Fernando Pinto.
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