terça-feira, fevereiro 03, 2009

Espanha: governo começa a falar duro e culpa a banca

Depois de ontem Zapatero (na foto com Ángel Ron (Popular), Francisco González (BBVA) e Emilio Botín do (Santander))ter endurecido o discurso com a banca, pedindo-lhe sacrifícios e maior empenho em ajudar a superar a crise, parece que hoje as coisas endureceram ainda mais já que o governo incomodado com a gravidade do desmeptrego no pais resolveu falar grosso e passar ao ataquye (será que em Portugal não é tempo do governo começar a falar grosso com esta gente?): "O ministro da Indústria espanhol, Miguel Sebastián, afirmou hoje que os bancos "são os principais culpados desta crise", e que o governo está "a perder a paciência" com as entidades financeiras pelas restrições ao crédito. Em entrevista à Antena 3, Sebastian lamentou o novo aumento do desemprego, que chegou a números "muito maus e muito duros", antecipando que este primeiro trimestre do ano "seja o pior". "Todos temos que fazer alguma coisa. A começar pelos bancos, que são os responsáveis e têm que ser os protagonistas para sair da crise. Têm que fazer um exercício de responsabilidade neste país e ampliar a situação do crédito", disse. "Esperamos que os bancos cumpram", disse o ministro, afirmando que se não o fizerem o governo "actuará". "Posso garantir que o dinheiro acabará por chegar", disse, reiterando que os desempregados "são hoje a principal preocupação do governo" e que "ninguém vai ficar abandonado à sua sorte". Os comentários de Miguel Sebastian surgem depois do chefe do governo, José Luís Rodríguez Zapatero, se ter reunido durante quatro horas, na tarde de segunda-feira, com os responsáveis da banca em Espanha a quem pediu "um esforço adicional" na concessão de crédito. Os responsáveis do sector afirmaram que a procura de crédito caiu devido á má situação económica e ao facto de haver pedidos de pessoas ou empresas não solventes".

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