Recordo, segundo um texto do jornalista Luis Naves do DN de Lisboa, que "a República Checa assumiu ontem a presidência rotativa da União Europeia, no meio de uma tempestade financeira internacional e de duas crises, na Faixa de Gaza e Ucrânia. O Governo checo de Mirek Topolanek inicia a sua presidência após o semestre da França, marcado pelo elevado ritmo de iniciativas políticas. Praga está em agitação partidária, com um presidente eurocéptico, Vaclav Klaus, que ameaça transformar os temas europeus em armas de arremesso da política interna.Segundo a Constituição, o Presidente não tem poderes, mas as suas interferências são potencialmente negativas para a diplomacia, podendo minar a sua credibilidade. Klaus diz que só quer "influenciar", no sentido de uma Europa "mais democrática". Mas o Chefe do Estado checo não fala em nome da presidência.Isso compete ao Governo, que ontem reagiu ao corte do abastecimento de gás natural à Ucrânia pela Gazprom russa, após fracassarem as negociações sobre novas tarifas. O assunto motivou uma mensagem de "preocupação" e o apelo aos dois países para que honrem os seus compromissos.A presidência checa podia ser idêntica à de outros países da mesma dimensão, que costumam obter bons resultados. Por exemplo: Portugal teve uma presidência muito elogiada no segundo semestre de 2007, com a conclusão do Tratado de Lisboa. Mas Klaus e Topolanek têm origem no mesmo partido, os Democratas Cívicos da ODS (liberais, no poder) e representam facções rivais. No último congresso, no mês passado, o primeiro-ministro, que comanda a ala centrista, venceu os liberais afectos a Klaus, presidente honorário do partido"
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Presidência da União
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Republica Checa
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