quarta-feira, janeiro 07, 2009

Porto Santo: pois é...

Afinal o DN do Funchal num texto do jornalista Catanho Fernandes, confirma uma notícia dada neste blogue há dois meses, a de que o grupo hoteleiro internacional Starwood se retirou da ilha do Porto Santo, formalizando um acordo de rescisão do contrato de gestão hoteleira com a Sociedade Imobiliária e Turística do Campo de Baixo, S. A., proprietária do empreendimento Colombo's Resort, “cujas obras estão paradas desde o Natal, foi assinado no final de Dezembro de 2008. Na base da rescisão está o facto da obra não estar ainda concluída e das perspectivas de acabamento serem, neste momento, muito incertas. Como referimos recentemente, a cadeia hoteleira entende as dificuldades da empresa promotora, mas não poderia esperar mais tempo por uma abertura que foi programada e adiada por três vezes”. O problema de alguns empresários é que não têm a coragem de assumir os factos, e por mera vaidade não aceitam que mais cedo ou mais tarde a verdade é conhecida, por muito que a negue. Este foi mais um exemplo. O empresário Sílvio Santos falhou as iniciativas que alegadamente terá efectuado em países árabes na busca de investidores locais, falhou a pressão sobre o Governo Regional para que concedesse um aval que permitisse uma operação financeira junto da banca, falhou a tentativa de obter do governo de Lisboa um apoio e falhou no cumprimento de requisitos considerado essenciais para os irlandeses que também se desligaram e agora este grupo especializado no gestão de hotéis, os prazos. O empreendimento no Porto Santo, que lamentavelmente está paralizado – e que inclusivamente poderá ir parar às mãos do construtor r”Casais” – foi financiado “a meias” pelo Banif e pelo BCP, bancos que seguem “preocupados” esta situação e temem que um impasse possa ter algumas consequências nas referidas instituições. Embora sem confirmação, e par a além de outras atitudes do empresário que resultaram, em contrariedades constantes, a principal causa desta situação foram as chamadas “obras a mais” que pessoa ligada ao processo nos garantiu terem ascendido a 80 a 100% do valor inicialmente previsto, o que praticamente “matou” o empreendimento. Esperemos que tal não aconteça. Aliás recordo que este grupo detinha a licença para a exploração da concessão do jogo no Porto Santo, processo que também desconheço como ficará. Julgo que vais sendo tempo – e a sazonalidade tem sido tema propício asneiradas absurdas que têm sido ditas ao longo destes últimos meses – que as pessoas tenham sobretudo a noção da realidade do Porto Santo e dos condicionalismos que em certa medida dificultam qualquer sonho que ultrapasse os limites e a realidade da ilha.

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