Uma maioria pouco sólida (53%) recusa abertamente conceder aos homossexuais a possibilidade de contraírem casamento civil em circunstâncias iguais às de casais de sexo diferente.
Contudo, nem todos se mostram fechados à adopção de soluções alternativas, como a união civil, consagrando ou não direitos equivalentes aos do casamento "tradicional". Ou seja, não estando a sociedade portuguesa madura para uma alteração legislativa com a profundidade das propostas pelo Bloco de Esquerda e "Os Verdes", também não parece inteiramente fechada a soluções intermédias, susceptíveis de constituir um passo em frente. Está em causa um tema com uma carga ideológica que a próprio sondagem exprime. Só 29% dos simpatizantes do PSD admitem o casamento "gay", mas no PS são quase metade. Mais de um terço dos inquiridos assegura que não votaria num partido que, neste particular, assumisse uma posição diferente da sua (fonte: XX). Sobre este assunto, refere o Publico hoje, num texto da jornalista Leonete Botelho: "O PS deixou ontem claro que não se compromete com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na próxima legislatura, mas apenas com "um amplo debate nacional sobre igualdade e orientação sexual", tal como já se encontra previsto no programa do actual Governo. Essa ausência de compromisso fica patente na declaração de voto que o grupo parlamentar socialista irá apresentar hoje, depois de chumbar os projectos de lei do BE e de Os Verdes sobre o casamento gay".
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