sábado, outubro 25, 2008

Semanários com capas interessanes...

Hoje é dia de publicação dos semanários Expresso e Sol cujas primeiras páginas indiciam conteúdos interessantes, alguns porventura polémicos e passíveis de gerar controvérsia.
SOL
Cavaco veta mas PS não desiste e afronta Presidente - "Cavaco Silva deverá vetar novamente o Estatuto dos Açores e, desta vez, enviar uma mensagem à Assembleia da República, uma vez que as suas reservas ao diploma se mantêm inalteradas. O prazo para a promulgação ou veto do diploma termina na próxima segunda-feira e Belém não fala sobre o assunto. Mas a hipótese de um novo veto é a única que os mais próximos do Presidente admitem como culminar deste processo – sobretudo depois da mensagem de Cavaco Silva ao país, na sequência do primeiro veto, em Julho passado, e da entrevista ao Público, depois da aprovação do diploma alterado no Parlamento. A dúvida que persiste é a reacção do PS face a novo veto e as consequências que poderá ter um braço-de-ferro com o Presidente nesta matéria. «Não há razões para o PS mudar de posição» , afirmou ao SOL Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada parlamentar. E o presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, não espera outra posição por parte dos deputados socialistas. «O PS não vai mudar de certeza absoluta», afirmou ao SOL um colaborador de Carlos César, recordando as palavras do líder do PS/Açores, há uma semana, em plena campanha eleitoral: «Estou absolutamente convencido que o PS vai confirmar o Estatuto na Assembleia da República». Porém, oficialmente, o líder parlamentar socialista, Alberto Martins, não quer antecipar a resposta do partido para não afrontar ainda mais o Presidente, dado o conflito iminente com Belém. Até porque os socialistas aguardam com expectativa a mensagem à Assembleia que deverá acompanhar o veto de Cavaco". (Helena Pereira e Sofia Rainho)
***
Terminal de Alcântara na mira do Tribunal de Contas - "O Tribunal de Contas segue ‘com toda a atenção’ o dossiê do contrato de alargamento do terminal de contentores de Alcântara, feito sem concurso público. E confirma que contactou sobre este assunto a Procuradoria da República. O Tribunal de Contas (TC) «está a seguir com toda a atenção» o processo que levou o Governo a conceder um alargamento, por mais 27 anos, da concessão da exploração do Terminal de Alcântara, em Lisboa, sem concurso público, a uma empresa do grupo Mota-Engil. O organismo presidido por Guilherme d’Oliveira Martins já questionou também a Procuradoria-Geral da República (PGR), «no sentido de saber se está em curso algum processo de investigação sobre a matéria» – disse ao SOL fonte oficial do TC. Mas também começou a recolher, internamente, informação sobre este dossiê. O contrato de alargamento da concessão à empresa Liscont – que foi anunciado pelo Governo em Abril passado – ainda não foi oficialmente assinado. Mas o TC, que neste caso não tem competência para o submeter a visto prévio, deverá actuar imediatamente a seguir, estando a ser preparada uma acção de fiscalização sucessiva a todo este processo. «Trata-se de matéria da maior relevância e importância, à qual o Tribunal de Contas não deixará de dar a sua melhor atenção no momento que considerar adequado» , disse o director-geral do TC, José Tavares, sem adiantar mais pormenores". (Por Graça Rosendo)
Expresso

Ninguém sabe quem mexeu no Orçamento - "Sócrates e Teixeira dos Santos recusam divulgar quem introduziu as polémicas alterações. Mas PS e PSD já estavam em negociações... A trapalhada provocada pelas alterações à lei de financiamento dos partidos e campanhas eleitorais não tem um responsável material. Apesar do Ministério das Finanças assumir a responsabilidade pelos “lapsos”, não divulga quem foi o autor das polémicas mudanças. José Sócrates e Teixeira dos Santos foram apanhados “desprevenidos” pelo impacto que a redacção do novo artigo iria ter. Mas o facto é que decorriam há quatro meses negociações entre o PS e o PSD para alterar vários aspectos da lei, entre eles, o referencial das subvenções públicas aos partidos políticos. A intenção era que as novas regras fossem aprovadas ainda este ano, mas fora do Orçamento do Estado. Alberto Martins, líder parlamentar do PS, diz que as propostas, misteriosamente introduzidas no OE, “nunca seriam aceites pelo Parlamento”.
***
Desemprego vai chegar a profissões de topo - "Banca, imobiliário e serviços não vão escapar aos efeitos da crise sobre o emprego. A falta de trabalho não vai sentir-se apenas nos sectores tradicionais. Executivos e directores vão também sofrer os seus efeitos. Especialistas dizem que o desemprego vai chegar aos 10%".

Sem comentários: