segunda-feira, outubro 06, 2008

- Lisboa: maior queda de sempre para o PSI-20 (quase 10%) - Segundo Eduardo Melo do Publico, "PT, BCP e EDP arrasaram mercado nacionalA Bolsa de Lisboa registou hoje a sua maior queda de sempre, liderando a tendência na Europa face à ausência de resposta conjunta da União Europeia à crise financeira internacional.O índice PSI20 reforçou as quedas ao longo do dia e terminou a sessão a cair 9,86 por cento, abaixo dos sete mil pontos (6954 pontos), fruto dos trambolhões de títulos como a EDP, a Galp e da banca. A eléctrica liderou as descidas, baixando 16,44 por cento, para 2,25 euros, por troca com a Galp, que a quase uma hora do fecho da sessão afundava quase 18 por cento. No cair do pano, o título da petrolífera diminuiu 13 por cento, para 9,44 euros;
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- Bush avisa que plano de salvamento "vai demorar" até estabilizar a situação - Escreve Pedro Duarte do Diario Económico que "o presidente norte-americano, George W. Bush, declarou hoje que "vai demorar algum tempo" até que o plano de ajuda ao sistema financeiro consiga recuperar a economia norte-americana. Bush declarou que a intenção do pacote de medidas aprovado pelo Congresso - dotados de 700 mil milhões de dólares - é desbloquear a situação do crédito no país, "para fazer com que o dinheiro se movimente outra vez".No entanto, acrescentou: "Não queremos precipitações que possam impedir o programa de ser eficaz".O presidente dos EUA, que passou o fim-de-semana no seu rancho em Waco~;
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- Euro cai para mínimos de 13 meses face ao dólar - A divisa norte-americana registou hoje ganhos de 2% em relação ao euro, tendo a moeda única recuado abaixo dos 1,35 dólares devido ao aumento dos temores dos investidores em relação ao estado de saúde do sistema financeiro europeu. Às 17h20, o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,3515 dólares, depois de ter variado entre os 1,3674 e os 1,3474 dólares durante a sessão.Segundo afirmou à agência Reuters um especialista do Scotia Capital, "estamos a assistir a uma procura massiva de dólares norte-americanos, porque simplesmente toda a gente quer ter dólares dos EUA (...);
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- Pânico geral nas bolsas com arrastar da crise financeira - Diz a jornalista do DE, Cristina Barreto que "os principais índices europeus registaram hoje as maiores quedas desde 1987, lideradas pela Banca e pelas produtoras de matérias-primas, devido aos receios dos investidores relativos à desaceleração do crescimento da economia mundial, bem como aos efeitos da crise financeira, que se fazem agora sentir com grande força na Europa. Segundo um analista, "os mercados estão a reagir ao facto de toda esta crise de crédito e bancária estar a ganhar força. Os responsáveis de política monetária necessitam que compreender que não dispõem de semanas para se decidirem, eles têm dias, ou até mesmo apenas algumas horas para o faz."O destaque da sessão vai para o Hypo Real Estate Holding que afundou 37% para os 4,70 euros, depois do Governo alemão e algumas instituições financeiras do país terem sido forçadas a injectar 50 mil milhões de euros para salvar a concessária alemã de crédito imobiliário. O mesmo sucedeu com os títulos do UBS, o banco europeu mais afectado pela crise do mercado de crédito hipotecário de alto risco (subprime), que caíram 13% para os 20,90 francos suíços, na sequência da nota de análise emitida hoje que refere que o banco suíço "deverá enfrentar tempos difíceis durante mais algum tempo" e amortizar mais 3,1 mil milhões de dólares em activos no terceiro trimestre. O UBS já acumulou um total de 44 mil milhões de dólares em perdas, de acordo com os dados da Bloomberg;
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- Wall Street afunda mais de 6% com indícios de pânico entre os investidores - Num texto do jornalista Pedro Duarte do Diário Económico, era referido que a "praça nova-iorquina encontra-se em forte queda, a acompanhar a descida generalizada dos índices bolsistas mundiais, depois das novas medidas de resgate de bancos anunciadas na Europa terem aumentado os receios de que a crise financeira irá continuar a deteriorar a situação económica mundial, ao mesmo tempo que a descida dos preços do petróleo penaliza os títulos das petrolíferas. Às 18h52 (13h52 em Nova Iorque) o Dow Jones cai 5,75% para os 9731,61 pontos, enquanto o Nasdaq Composite da bolsa electrónica desaba 7,12% para os 1808,73 pontos.Os mercados globais registaram hoje fortes quedas, tendo as negociações sido interrompidas nos mercados brasileiro e russo devido à pura dimensão das perdas registadas.Em foco estão as quedas dos títulos do sector Financeiro, com o Morgan Stanley a perder 11% para os 21,36 dólares, o Citigroup a recuar 9,2% para os 16,66 dólares, e o Goldman Sachs a tombar 7% para os 119,01 dólares, depois do Governo alemão ter liderado um novo plano de resgate do banco Hypo Real Estate e do banco francês BNP Paribas ter intervindo para salvar o resgate da instituição belga Fortis, cujo plano de resgate havia fracassado no fim de semana;
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- Teixeira dos Santos: depósitos bancários em Portugal garantidos “aconteça o que acontecer” - Li no Publico, num texto da jornalista Isabel Arriaga e Cunha, que o ministro das Finanças "anunciou esta tarde que “aconteça o que acontecer as poupanças dos portugueses em qualquer banco que opera em Portugal estão garantidas”. Teixeira dos Santos, que falava no Luxemburgo à margem do Eurogrupo, escusou-se a esclarecer se esta é uma garantia de depósitos ilimitada. Actualmente o Fundo de Garantia de Depósitos garante até um máximo de 25 mil euros de depósitos, em caso de falência e de incumprimento de uma instituição bancária.Vários países europeus têm, nos últimos dias, alargado para cem por cento a garantia de depósitos. Depois da Irlanda, na semana passada, no fim-de-semana foi a vez da Alemanha dar semelhante passo.

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