De uma coisa Carlos Pereira, diga o que ele disser, vai ter que explicar, pelo menos ao seu parceiro na SAD, se a tal empresa que a justiça portuguesa diz que existe nas Ilhas Virgens Britânicas (BVI) - a "ARWA DEVELOPMENT INC." - existe ou não, não forçosamente no nome do Marítimo, mas em nome de terceiros. A suspeição está lançada e o Presidente do Marítimo tem de perceber que uma coisa foram os 3 a 4 anos de investigação, outra coisa é o facto de haver arguidos constituídos, o que por si só não significa que sejam condenados. Basta ir ao Google e fazer busca em BVI offshore que aparecem imensas opções (websites) que podem constituir áreas de investigação.
NO DN de hoje, Carlos Pereira nega: "O presidente do Marítimo e outros responsáveis do clube são acusados de fraude fiscal, assim como Manuel Cajuda, actual técnico do Vitória de Guimarães. Processo para o qual o líder verde-rubro diz ter sido notificado "várias vezes", a última das quais "há quatro semanas". "Mas antes de vir para cá (Venezuela) não prestei declarações" adiantou, realçando que o caso "já dura há mais três anos". Carlos Pereira aproveitou para negar que tenha sido este processo que originou o seu atraso na viagem para Caracas. "Teve unicamente a ver com o lançamento do concurso público do estádio" esclareceu. Em causa estão dúvidas na forma como os verde-rubros processaram alguns pagamentos, utilizando uma empresa 'offshore'que, segundo o presidente, não existe. "É completamente falso" garante. Carlos Pereira alega que os "contratos com os jogadores do Marítimo são normais, com direitos de imagem. Também com os treinadores e isso está previsto no contrato colectivo de trabalho" avisou. De resto, esta pasta financeira é da alçada de Rui Nóbrega, administrador indicado pelo sócio Governo Regional. E a empresa encarregue de efectuar a contabilidade, a Project, também "é da família" do administrador, conforme reconheceu o presidente, embora não saiba "como é feita a gestão", nem tão pouco está preocupado com isso. "Dou a cara pelo Marítimo e presto declarações sobre esta matéria com o maior à vontade, transparência e clareza" concluiu". E já agora, porque a propósito do tema, e como elemento informativo adicional, embora não relacionado com a questão do Marítimo, recomendo esta entrevista com Carlos Pimenta, economista e professor catedrático na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), aqui.
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