Na sequência de uma notícia já ontem aqui dada, li hoje no Jornal de Notícias, um texto do jornalista Paulo Martins segundo o qual "se as eleições legislativas fossem hoje, o PS venceria com maioria relativa. A sondagem realizada pela Universidade Católica para o JN, a RTP e a Antena 1 revela que o PSD de Manuela Ferreira Leite vale tanto como o de Menezes. O primeiro estudo de opinião envolvendo a nova líder do PSD - cujo trabalho de campo teve lugar poucos dias após a sua primeira entrevista televisiva nessa qualidade, concedida à TVI - emite, com efeito, sinais de que Ferreira Leite não constitui uma mais-valia para o partido. É legítimo admitir que, estando ainda "fresca" no cargo, falte à ex-ministra das Finanças tempo para marcar diferenças - quer face ao seu antecessor, quer em relação a Sócrates. Mas é um facto que não capitaliza o descontentamento popular, agravado pela desfavorável conjuntura económica. Daí que o PSD mantenha a percentagem de 32% obtida na sondagem de Fevereiro passado e perca mesmo terreno para o PS, que chega aos 40%. A imagem do Governo continua em curva descendente e até a do primeiro-ministro está em queda (ler página seguinte). Ferreira Leite suplanta Sócrates na avaliação da actuação. Nove em cada dez eleitores consideram má ou muito má a situação económica e 75% reconhecem viver hoje com mais dificuldades. O que justifica, perante tão negro cenário, a boa performance eleitoral dos socialistas? Talvez a explicação se encontre em algumas respostas. Quando questionados sobre se a situação da economia poderia ser melhor com outro Governo, 55% dos inquiridos para quem ela anda nas ruas da amargura sustentam que "não faria diferença". Será um sintoma de apatia do eleitorado, mas ajuda a explicar a percentagem obtida pelo PS. Tanto mais que só 36% dos inquiridos imputam responsabilidades ao Executivo e apenas 22% admitem que outro partido seria capaz de um melhor desempenho governativo. Por outro lado, embora só 18% dos inquiridos acreditem que o partido vencedor em 2009 obterá maioria absoluta, consolida-se a convicção da vitória do PS, independentemente da opção de cada um: passou de 37 para 40%, enquanto a "crença" no PSD desceu, de 33 para 31%. As intenções de voto expressas neste estudo de opinião não traduzem alterações substanciais, se comparadas com os resultados do anterior, realizado há menos de meio ano. Não se registam, sequer, mudanças nas posições relativas das cinco forças políticas".terça-feira, julho 15, 2008
PSD vai precisar de trabalhar muito...
Na sequência de uma notícia já ontem aqui dada, li hoje no Jornal de Notícias, um texto do jornalista Paulo Martins segundo o qual "se as eleições legislativas fossem hoje, o PS venceria com maioria relativa. A sondagem realizada pela Universidade Católica para o JN, a RTP e a Antena 1 revela que o PSD de Manuela Ferreira Leite vale tanto como o de Menezes. O primeiro estudo de opinião envolvendo a nova líder do PSD - cujo trabalho de campo teve lugar poucos dias após a sua primeira entrevista televisiva nessa qualidade, concedida à TVI - emite, com efeito, sinais de que Ferreira Leite não constitui uma mais-valia para o partido. É legítimo admitir que, estando ainda "fresca" no cargo, falte à ex-ministra das Finanças tempo para marcar diferenças - quer face ao seu antecessor, quer em relação a Sócrates. Mas é um facto que não capitaliza o descontentamento popular, agravado pela desfavorável conjuntura económica. Daí que o PSD mantenha a percentagem de 32% obtida na sondagem de Fevereiro passado e perca mesmo terreno para o PS, que chega aos 40%. A imagem do Governo continua em curva descendente e até a do primeiro-ministro está em queda (ler página seguinte). Ferreira Leite suplanta Sócrates na avaliação da actuação. Nove em cada dez eleitores consideram má ou muito má a situação económica e 75% reconhecem viver hoje com mais dificuldades. O que justifica, perante tão negro cenário, a boa performance eleitoral dos socialistas? Talvez a explicação se encontre em algumas respostas. Quando questionados sobre se a situação da economia poderia ser melhor com outro Governo, 55% dos inquiridos para quem ela anda nas ruas da amargura sustentam que "não faria diferença". Será um sintoma de apatia do eleitorado, mas ajuda a explicar a percentagem obtida pelo PS. Tanto mais que só 36% dos inquiridos imputam responsabilidades ao Executivo e apenas 22% admitem que outro partido seria capaz de um melhor desempenho governativo. Por outro lado, embora só 18% dos inquiridos acreditem que o partido vencedor em 2009 obterá maioria absoluta, consolida-se a convicção da vitória do PS, independentemente da opção de cada um: passou de 37 para 40%, enquanto a "crença" no PSD desceu, de 33 para 31%. As intenções de voto expressas neste estudo de opinião não traduzem alterações substanciais, se comparadas com os resultados do anterior, realizado há menos de meio ano. Não se registam, sequer, mudanças nas posições relativas das cinco forças políticas".
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